Difícil escapar do tema: a pandemia está se agravando e começa a surgir preocupação com o fim das drogas usadas na entubação de pacientes.
Os médicos da linha de frente temem que os estoques se esgotem. Além disso, já existe a preocupação com o oxigênio.
Hoje iria falar na tevê sobre a morte de dois caciques em Rondônia.
Não houve espaço para eles. Manuel Sabanê, da etnia Tawandê, morreu num hospital de Vilhena. Sua idade no documento é de 98 anos, mas afirmam os que o conhecem, que ele tinha mais de cem anos, pois fez um registro tardio e impreciso.
Morreu também o cacique Lucio Mamandê, esse de 67 anos. Ambos tiveram covid-19, embora ainda não haja confirmação sobre a causa mortis de Manuel.
Lucio Mamandê chegou a ser vacinado pela primeira vez. Sentiu sintomas do covid-19 mas resolveu se curar na própria aldeia. Não deu certo e ele veio morrer no hospital.
Essa questão dos indígenas durante a pandemia está nas mãos do ministro Luís Roberto Barroso, no STF. Até hoje, depois de inúmeras tentativas, não conseguiu ainda obter um comportamento adequado do governo.
Das noticias do mundo, essa história do assassinato de oito pessoas, inclusive seis mulheres e origem asiática, é um grande tema nos EUA.
Parece inserido num processo de violência contra asiáticos nos EUA, algo que vem sendo denunciado há tempos.
O autor dos disparos Robert Aaron Long, disse que não foi movido por racismo mas sim por uma tentativa de se livrar de seu vicio por sexo. As seis mulheres trabalhavam em casas de massagens.
Não digo que essas coisas acontecem apenas nos EUA. Suspeito de que aconteçam mais nos EUA.
Nas últimas noites vi dois documentários sobre personalidades da música americana: Quincy Jones e Nina Simone. Em ambos os casos a questão racial tem um enorme papel. Nina Simone viveu os anos mais radicais e acabou se desgastando mentalmente. Quincy Jones tem atravessado a maré e uma de suas importantes obras foi produzir o show de abertura do museu da história negra nos EUA. Na plateia, estavam Barack e Michelle Obama.
Aqui no Brasil suspenderam a investigação contra Felipe Neto que chamou Bolsonaro de genocida. Mas em Brasília prenderam manifestantes que abriram uma faixa com a expressão genocida.
O governo decidiu popularizá-la. Genocídio é um tipo de crime que representa na morte parcial de um povo ou etnia. Bolsonaro está sendo acusado de genocídio no Tribunal Internacional.
Poucas pessoas sabem disso.
Agora a expressão genocida é divulgada pela própria repressão, logo Bolsonaro será conhecido de ponta a ponta do Brasil como genocida. Aliás, José Simão, hoje no Instagram, colou a cara de Bolsonaro na imagem de um casal e o chamou de Geno e Cida.
Acaba de morrer o Major Olímpio, terceiro senador a desaparecer com a Covid-19. Ele lutava por uma CPI da pandemia. Que tal honrá-lo com esta investigação?
Fonte: Blog do Gabeira