24 de abril de 2024
Adriano de Aquino

Vergonha Nacional

Foto: O Antagonista

Não vou perder tempo ‘analisando’ (sic) os objetivos e efeitos do discurso do presidente brasileiro na ONU. Vou comentar apenas duas repercussões do discurso.
Bolsonaro ganhou as eleições no vácuo do efeito catastrófico das administrações petistas, da atuação hipócrita dos seus correligionários, dos disparates divulgados pela mídia ativista e pelos ‘isentões’ do relativismo moral intelectual e político dos simpatizantes de uma esquerda sonhática.
A convergência da arrogância com a incompetência não obteve êxito em esconder a corrupção e as ocorrências desastrosas dos governos Lula/Dilma e seus dois grandes feitos: Mensalão e Petrolão.
Bolsonaro, da tribuna da ONU, exibiu para o mundo esses fatos assim,na lata, sem subterfúgios.
A fala do Bolsonaro foi direta, objetiva e pragmática.
Talvez Bolsonaro não tenha a ginga e a lábia de vendedor que seduz consumidores a comprar como ‘original’ um IPhone feito num galpão em Taiwan.
Claro que ao dispensar regras e códigos convencionais para enaltecer o país, ocultando a realidade, glorificando os ideais paradisíacos nativos, sendo generoso e gentil, usando palavras adequadas à diplomacia para falar da sórdida realidade nacional, possa preocupar os diplomatas de carreira. É compreensível.
Porém, nem tanto quanto a midiática afetação de mimetismo diplomático hipócrita e cafona de um Doria, por exemplo.
Estrangeiros,que conhecem superficialmente o Brasil e alguns brasileiros, se disseram surpresos com o discurso. Se perguntaram o que aconteceu no país para um presidente brasileiro não falar coisas “tipicamente simpáticas, sedutoras e cordiais, marcas nacionais da famosa camaradagem ‘gente boa’ brasileira”, para enfeitar a própria imagem, bajular o ouvinte e animar plateias.
Outro dado que despertou interesse na repercussão do discurso na imprensa foi: mesmo a grande mídia estando careca de saber que Bolsonaro cresce na suas bases na mesma proporção em que os ‘comentaristas’ sentam o porrete nele por qualquer coisa que diga, repetiu-se de novo o modelo imparcialidade ZERO.

Alguns usaram os testículos,outros os seios ao se debruçarem sobre o discurso.
Como fez na eleição em que enfrentou os concorrentes e a grande mídia com um celular e ganhou,Bolsonaro segue o mesmo estilo.
Ele é justamente o contrário. O inverso radical do Lula e faz bem esse papel.
Qualquer coisa que Lula diga, tem um séquito de jornalistas a bajulá-lo e divulgar narrativas incríveis e inacreditáveis.
Talvez por isso, Lula, para desviar do trágico ostracismo, tente fazer jogadas apelativas que certamente reverterão em prejuízo maior à sua imagem e mais lucro político para o Bolsonaro.
Ao recorrer à ONU (link) para desqualificar uma denúncia do Bolsonaro sobre a megacorrupção comprovada que se espalhou no Brasil, coisa que o mundo inteiro sabe, é quase um pedido do Paciente para que depois de condenado em última instância no Brasil,Lula vire réu nas cortes internacionais .

Link: https://www.oantagonista.com/brasil/vergonha-internacional/?fbclid=IwAR1omus3aCK9bLeOemIpAT4_ynShie-5kpTf5NEZdgIM5lnZ7q-WA77KoC0

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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