Tirante o calhamaço de tributos indiretos, que arrecada desproporcionalmente de todos os brasileiros, 29.269.987 contribuintes declararam imposto de renda em 2018.
O brasileiro que tem o ‘privilégio’ de estar empregado, trabalha mais de 150 dias só para pagar impostos. Contudo, a sociedade, mesmo depenada, gerou mais R$ 1,5 tri de impostos em 2018. Ainda assim, governo acha pouco. Continua gastando mais do que deveria.
O que se deduz é simples. Existem duas sociedades paralelas no país.
Uma se esfola, vive na dificuldade, na insegurança e na incerteza só para manter a outra em regime de estabilidade.
O quadro abaixo revela o tamanho da sociedade estável no país.
A outra, que vive a real, não cabe nesse box. Ela se vira para sobreviver.
Mesmo diante do alto risco e do elevado custo do dinheiro, o empresário é obrigado a investir no seu empreendimento.
O povo trabalha de sol a sol nas empresas, no setor de serviços e, diante da gigantesca massa de desempregados, não pode se dar ao luxo de esperar por um salário que não virá no fim do mês.
É compelido, catapultado para mercado informal. Tudo para sobreviver e,indiretamente, sustentar uma enorme engrenagem estatal massacrante, paquidérmica, onerosa e incompetente.
Em 2021 o Estado estará queimando 98% do que arrecada. Sucateado e com 2% de saldo vão vender o motor…nós!
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.