29 de abril de 2024
Editorial

A verborragia presidencial

Imagem: Brasil 246

Para nivelarmos todos os leitores, uma breve pesquisa nos diz que: ‘Verborragia é um termo usado para se referir a um excesso de palavras em um discurso ou conversa. É caracterizado pela fala excessiva, prolixa, repetitiva e, muitas vezes, sem sentido ou sem objetividade clara. A verborragia pode ser um sintoma de transtornos psicológicos ou neurológicos, mas também pode ser causada por nervosismo, ansiedade ou falta de habilidade de comunicação adequada‘.

Na semana passada, Lula proferiu mais um de seus absurdos vocais. Embora já estejamos acostumados com as falas do presidente, sempre é um prato cheio para nós comentarmos. Por quê? Obviamente, por causa das besteiras infindáveis que ele diz, que agora passou a incluir uma teoria da conspiração.

A teoria do momento é que o Senador Sergio Moro ‘armou’ um golpe, contra si mesmo, com uma poderosa facção criminosa que planejava sequestrá-lo.

Lula sofre de incontinência verbal e síndrome de elucubrações conspiratórias, ao dizer, sem apresentar qualquer evidência, que a investigação da PF foi ‘armação de Moro’. Lula produziu assim, mais uma pérola negativa em sua biografia. Se tivesse o mínimo de convicção em sua fala, ele, em ato contínuo, exoneraria, sumariamente, seu Ministro da Justiça e seu Diretor da PF. Não o fez, portanto…

Uma grande parte da população não se surpreende mais com as falas dele, mas desta vez ele demonstrou um total desequilíbrio emocional ou psicológico, mostrando um reles desejo de vingança contra o seu algoz da vez, o ex-juiz Sergio Moro, pois, na véspera da tresloucada e raivosa declaração, seu ministro e seu Diretor da PF elogiaram a operação e se posicionaram contra a politização do caso. Até o Senador Rodrigo Pacheco e Arthur Lira elogiaram a PF e o MPF.

Independentemente da ideologia política que possuem – se é que a possuem, salvo a de autopreservação – todas as autoridades dos Três Poderes estariam defendendo as ações da PF e do MPF. Aqueles que se autoproclamam defensores do Estado de Direito devem se manifestar e dizer que aplaudem as ações conjuntas da PF e do MPF ou se concordam com Lula.

Admitindo-se este absurdo dito por ele, deveríamos entender que, além da poderosa facção, o senador deveria também ter combinado antes com a Polícia Federal e com o MPF, já que foram eles que impediram que um crime planejado fosse executado, trabalhando com inteligência. Parabéns ao órgãos envolvidos.

Quem fez o L ou não, indistintamente, execrou a crítica severa, mordaz e irresponsável do presidente, com uso de termos chulos e, principalmente, por ele mostrar seu lado vingativo e, portanto, pequeno. Será que tantos dias presos afetaram sua sanidade mental?

Seus eleitores querem um Lula mais estadista e menos cangaceiro!!!

Sei que é difícil, mas certamente, este é o desejo de quem ‘fez o L’. Já, aqueles que não fizeram, querem apenas um presidente que foque seu mandato em melhorar o país, como ele mesmo apregoa, esquecendo-se da caça às bruxas e de declarações pra lá de duvidosas e agressivas.

Foco no governo!!!

Enfim, na verdade, Lula deu outro tiro no pé ao desenterrar politicamente seu figadal inimigo. O senador Sergio Moro estava ‘mortinho’ politicamente, mas o palavrório lulista o ressuscitou e o relançou na arena política.

Caso o ex-juiz, ora senador, tenha aprendido com a amarga lição, desde que foi defenestrado do Ministério da Justiça no governo anterior, poderá se tornar, talvez um líder da direita democrática, que, na falta de opções, abraça Bolsonaro como tábua de salvação.

Eis aí uma abertura para uma possível Terceira Via? “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”.

Como pode Lula tomar decisões racionais para governar o país diante deste quadro? Mesmo que esteja tudo bem, Lula ainda precisa responder à incômoda pergunta que Sergio Moro lhe fez:

“O senhor não tem decência”?

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