19 de março de 2024
Editorial

A ex-namoradinha, ora noivinha do Brasil

Foto: Arquivo Google – Felipe Vieira

Depois das cacetadas do “nazi-ministro” Alvim, assim taxado pela patrulha da esquerda; depois de mal plagiar, em seu pronunciamento, trecho de um discurso de Goebbels, com uma música de Richard Wagner (1813-1883) ao fundo. Pobre Wagner… será que nunca mais ninguém poderá ouvir sua música sem ser “nazista” ou “extremista de direita”?

Esta ópera específica – Lohengrin Prelude, para os que apreciam o gênero, é uma obra-prima (vejam o vídeo abaixo).

O fato de esta ópera ser a preferida de Hitler não pode impedir o mundo, aliás não impediu até hoje, de gostar e de ouvir Wagner.
Bem, o ministro foi exonerado e, a seguir, também seu subsecretário, que, após assumir interinamente, tentou prosseguir com o roteiro prescrito pelo proscrito – desculpem as palavras semelhantes – ex-secretário de Cultura.
Patética a carta na qual o ex-secretário de Cultura Roberto Alvim pede desculpas e jura arrependimento por suas infames declarações que ecoaram as palavras do ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels. A escolha diz muito do seu caráter. De outro alemão, o poeta e filósofo Friedrich Schiller, Alvim teria tirado uma lição mais proveitosa: “Breve é a loucura, longo o arrependimento”.
Surgiu então o convite para a atriz Regina Duarte – a namoradinha do Brasil – “título” que lhe foi dado pela mídia Global quando fez a telenovela Minha Doce Namorada, em 1971.
Por diversas vezes ela demonstrou não ser de esquerda. Deu declarações com medo de Lula, entretanto, apoiou Collor, FHC e José Serra… mas também apoiou Bolsonaro, que, querendo se aproximar mais da área artística (que o critica desde que ele extinguiu o Ministério da Cultura e pôs ordem na Lei Rouanet, na minha opinião, corretamente), convidou-a para o cargo de Secretária de Cultura.
Estamos noivos, foi a declaração do Presidente ao ser questionado pela mídia.
Vejo com bons olhos a designação de Regina Duarte para a Secretaria da Cultura. Ela é muito querida e pode surpreender. Mas ela não faz parte da “esquerda Zona Sul” do Rio, núcleo de onde emanam todas as reações negativas. Ela é empregada Global, mas atua a partir de São Paulo, onde a força da mídia dedicada ao entretenimento é menor.
Parafraseando Churchill ao falar sobre a democracia, “Regina pode ser a pior opção, tirando todas as demais”. Eterna namorada do Brasil, ela considera, com paixão, o Brasil.
Não lembro de ninguém questionar a nomeação do cantor Gilberto Gil para ministro da Cultura no governo do PT. Qual, então, o motivo para criticarem a nomeação para a Secretaria da Cultura da atriz Regina Duarte, admirada por todos? Será por falta de experiência? Qual a experiência que tinha Gilberto Gil para o ministério? Essa turma que critica Regina Duarte tem medo de que dê certo. Hipocrisia faz mal à saúde.
Após o almoço de Regina Duarte com o Presidente em Brasília, ambos declararam que “deram um passo à frente”.
Em um noivado, a conotação desta expressão é o casamento iminente, e a prova disso é que a “quase” nova Secretária de Cultura já indicou sua Subsecretária Interina, a Reverenda Jane (como é conhecida Janicia Silva), que é, atualmente, a responsável pelo setor de Diversidade Cultural da Secretaria e será a “adjunta temporária” até Regina Duarte responder se aceita liderar a pasta.
Trânsito no meio cultural ela tem. Caráter, pelo que demonstrou até agora, idem… vamos ver se ela suporta as pressões da turminha da esquerda, que gosta de uma molezinha, e leva nossa Cultura adiante.

Valter Bernat

Advogado, analista de TI e editor do site.

Advogado, analista de TI e editor do site.

1 Comentário

  • Ademar Amâncio 10 de fevereiro de 2020

    Gilberto Gil já tinha sido secretário da cultura de Salvador,além de ser muito mais inteligente que a Regina Duarte,o compositor é quase um intelectual,e a crítica não é Bolsonaro ter convidado a atriz e sim ela ter apoiado um candidato fascista.

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