JORNALISTA e escritor barbacenense se prepara para lançar sua terceira obra, escrita em apenas 15 dias
Imagina aproveitar a pandemia para escrever um livro. E em 15 dias! Só mesmo o ávido Walter Navarro para completar tal proeza. Agora, o jornalista e escritor mineiro, natural de Barbacena, já se prepara para lançar “5Garrafas”, sua terceira obra, mesmo que virtualmente, já que reuniões com uísque, beijos e abraços, do jeito que ele gosta, ainda estão suspensas.
O livro é uma ficção, segundo ele, o primeiro romance usando uma antiga dúvida ou ideia: que fim levavam as garrafas, depois de consumidas? Nesta entrevista ao JORNAL DA CIDADE, Walter Navarro conta, sem contar muito, com quantos paus se faz cinco garrafas.
De que se trata o novo livro?
É uma ficção, primeiro romance usando uma antiga dúvida ou ideia. Sempre me perguntei que fim levavam as garrafas, depois de consumidas. Algumas podem ficar anos intactas, esquecidas ou decorando adegas amadoras. As minhas se transformam em obras de arte – quadros, esculturas, objetos. Mas, como foram e são milhares, a maioria, espero, acaba reciclada. Aliás reciclagem é um tema indireto do livro, um tema extenso. Tem muita gente preocupada com o Meio Ambiente, mas não sabe que a solução está no lixo. Mas para não ser prolixo ou pró lixo, com esta curiosidade, escrevi “5Garrafas”.
A obra é autobiográfica?
O personagem principal, que não é autobiográfico, mas tem muita coisa de mim – sem querer, acabamos escrevendo sobre nós mesmos – acha uma garrafa numa praia da Jamaica. Dentro dela, uma carta, contando que ela foi comprada com outras cinco, por uma turma de amigos, cada um com uma história, um destino; vivendo em diferentes cidades do mundo. O personagem então vai atrás das outras cinco garrafas, outras cinco histórias.
Como foi o processo criativo de “5Garrafas”?
Foi corrido, por causa do prazo. Não deveria, mas conto. Escrevi as 158 páginas em 15 dias. E confirmei uma verdade. O livro se cria sozinho. Eu tinha a história, mas só descobri o meio e o fim ao escrevê-la. É o que Henfil falava sobre a criatividade: “a inspiração é um cachorro preto, um Dobermann bem aí atrás de você”. É ele que te faz “correr”.
Você aproveitou a pandemia pra escrevê-lo, não é isso? Começou quando exatamente? O livro já estava planejado ou teve a ideia de escrever o livro por causa da pandemia?
Sim. Escrevi três. Este é o segundo. O primeiro estava inscrito em um concurso, mas aparentemente não gostaram dele. “5Garrafas” escrevi em outubro e era para outro concurso. Por causa das armadilhas digitais, cometi algum erro na inscrição e levei bomba. Ele ficou guardado até aparecer a bendita e emergencial Lei Aldir Blanc, para a Cultura. De novo, a inscrição digital e burocrática demais foi mais difícil que escrever o livro, mas uma grande amiga ajudou e, finalmente, deu certo. Que venha a Lei João Bosco, agora!
“5Garrafas” é a história de cinco garrafas de Champagne encontradas em vários locais do mundo?
Não. O personagem principal, Rubens Heitor, acha a primeira e vai atrás das outras, depois de ler a carta dentro da primeira garrafa, jogada onde o Titanic afundou. A partir da primeira, ele segue o rastro das outras cinco, que no fim são sete.
Como foi a escolha dos locais? Há ligação com a sua trajetória/vida ou foi algo aleatório?
Tem. Quando morei em Paris, conheci uma professora brasileira que estava indo participar de um congresso literário em Varsóvia, Polônia, que não conheço, ainda. Imaginei então seis pessoas se conhecendo durante este congresso. Elas compram as seis garrafas e voltam para seus países com elas. Escolhi as cidades por curiosidade: Tóquio, Moscou, Luanda e Kerkira, na Grécia. Só conheço esta última. Mas no livro, cada capítulo leva o nome de uma cidade, um lugar nesta cidade ou em vários outros países. Muitas conheci, as outras, de novo, ainda não. No fundo, este livro é mais um desejo que um registro.
Fale-me um pouco sobre suas outras obras
Bom, antes da pandemia, eram apenas dois, coletâneas de crônicas que escrevi para vários jornais e revistas. O primeiro, “O Canalha Amoroso”, é de 2010. O segundo, “Creme e Castigo”, 2012. Sinceramente, em 25 anos, tenho crônicas para mais uns 10 livros. Mas eu queria este desafio, escrever “um livro de verdade”, com trama, começo, meio e fim. Com personagens e muitos diálogos. Eu precisava me mostrar ou descobrir este outro lado bem mais difícil e, confesso, gostoso. Deu até vontade de invadir outras praias, como teatro e roteiros pra cinema. Vai depender da pandemia, dos latidos e dentes do Dobermann. Ah! Do terceiro livro da pandemia posso falar nada porque está inscrito em outro concurso. Quem sabe!
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