Para mim, não existiu e nem existirá nenhuma outra como Elizabeth da Inglaterra.
O sentimento é estranho. É como se fosse alguém da família, que não era próximo, mas era querido – alguém que nunca criou caso ou confusões, característica que, por si só, já a distancia de um familiar – o que certamente justifica meu adjetivo “estranho”.
Ela vai fazer falta.
Qualquer que fosse a razão, se ela fosse mencionada, imediatamente meu interesse se manifestaria e lá ia eu ver o motivo da menção.
Terá sido uma boa mãe, dentro das parcas possibilidades franqueadas a uma mãe “real”, com coroa e obrigações.
O rei e seu discurso pareceram sinceramente comovidos com seu passamento.
Sua manutenção no trono por 70 anos representou uma tarefa hercúlea: uma vida inteira vigiada e controlada desde os 25 anos, sem a menor possibilidade de “escapadas”, sujeita às críticas permanentes e perrengues… idem!
Sentirei falta de ver sua figura colorida nos noticiários, ver seu sorriso sempre simpático e nunca postiço – ao menos, sempre me pareceu assim.
Parece que a única coisa de que ela não abriu mão foi casar por amor, e o príncipe parece tê-la ajudado a encarar seu papel.
Figura admirável de mulher, deverá ser sempre lembrada: não creio que nenhuma outra vá suplantá-la em classe no cumprimento do dever.
Tradutora do inglês, do francês (juramentada), do italiano e do espanhol. Pelas origens, deveria ser também do russo e do alemão. Sou conciliadora no fórum de Pinheiros há mais de 12 anos e ajudo as pessoas a “falarem a mesma língua”, traduzindo o que querem dizer: estranhamente, depois de se separarem ou brigarem, deixam de falar o mesmo idioma… Adoro essa atividade, que me transformou em uma pessoa muito melhor! Curto muito escrever: acho que isso é herança familiar… De resto, para mim, as pessoas sempre valem a pena – só não tenho a menor contemplação com a burrice!