9 de maio de 2024
Cinema

As Flores Perdidas de Alice Hart / The Lost Flowers of Alice Hart

De: Sarah Lambert, criadora, roteirista, Austrália, 2023

Nota: ★★★☆

(Disponível na Amazon Prime Video em 9/2023.)

As Flores Perdidas de Alice Hart, minissérie australiana de 2023, é tão bela, tão bem realizada, quanto chocantemente apavorante. É um drama familiar, mas a criadora e roteirista Sarah Lambert e o diretor Glendyn Ivin deram à história terrível – sobre vários casos de violência doméstica – um tratamento de série de mistério, de thriller.

Mais que um drama familiar, The Lost Flowers of Alice Hart acaba sendo quase uma série de terror, ao mostrar o quanto é absolutamente aterrorizante o que seres humanos são capazes de fazer uns aos outros – e a si mesmos.

É uma denúncia fortíssima, violenta, virulenta – e necessária – de como o abuso doméstico é comum e precisa ser combatido. Um libelo para que os abusadores, os espancadores de mulheres e crianças sejam denunciados e punidos por seus crimes.

Felizmente, a obra não cai na generalização, esse atalho para o maniqueísmo.

A série é uma realização de mulheres – além da criadora-roteirista, é mulher também a autora do livro em que se baseia, Holly Ringland, e são mulheres as seis personagens centrais. Mas os homens não são mostrados como necessariamente abusadores. Há homens de bem na história.

E as mulheres não são perfeitas. Bem ao contrário disso. June Hart, a avó da Alice do título e tão importante na trama quanto ela, comete erros gigantescos, homéricos, jupiterianos – apesar de todas as suas boas intenções. A própria Alice, vítima de espancamento do pai na infância, também comete erros.

Cometem erros – e erros feios – mesmo pessoas de bom caráter e bom coração, que só querem o que for melhor para os outros, como Sally, a bibliotecária que faz de tudo para acolher a garotinha Alice, dar a ela proteção, afeto e um lar seguro.

Um erro gigantesco nas relações familiares – esta é uma das verdades que a série defende – é a mentira. Mesmo as contadas para proteger o outro, para impedir que o outro sofra.

Uma bela série, que diz belas coisas – embora faça o espectador sofrer juntamente com aqueles pobres personagens.

Recém-lançada, a série tem sido muito bem recebida

É necessária uma sinopse – sempre é. Como não fui dotado da capacidade de síntese, tento ajuda externa.

Da Amazon Prime Video, que exibe a série: “Depois de perder seus pais em um incêndio misterioso, Alice Hart, de nove anos, é criada por sua avó”.

Do IMDb: “Segue uma jovem garota, Alice Hart, cuja infância violenta lança uma sombra escura sobre sua vida adulta”. (Na foto acima, Alyla Browne, que faz a Alice garota.)

Do Rotten Tomatoes: “Alice Hart vê sua vida mudar dramaticamente quando seus pais morrem em um incêndio misterioso e ela é levada para viver com sua avó em uma fazenda de plantação de flores.”

Hum… Fazer boas sinopses, que apresentem corretamente os fatos básicos da trama sem avançar demais, sem dar spoiler, mas ao mesmo tempo falando um pouco sobre o cerne da obra, não é fácil, de forma alguma. Muito antes ao contrário – é uma ciência, uma arte.

Gostei de uma síntese que o site GoodReads traz sobre o espírito do livro: “Uma história de resiliência feminina, amizade, e o poder de suplantar a tragédia”.

As três sinopses e a definição que transcrevi servem para resumir a base da trama, do que trata, afinal, esta série de sete episódios de cerca de 60 minutos cada. A rigor, a rigor, quem não viu a série deveria parar por aqui e, se tiver tido seu interesse despertado, ir primeiro ver a obra, antes de ler o que as pessoas dizem sobre ela…

Mas aproveito que citei esses dois sites e já adianto que As Flores Perdidas de Alice Hart, lançada mundialmente no início de agosto de 2023, há menos de dois meses do momento em que escrevo, tem sido um grande sucesso. No IMDb, ela está com a média de 7,9 em 10 na avaliação dos leitores, uma nota bastante alta.

No site agregador de opiniões Rotten Tomatoes, a série está com 82% de aprovação da crítica e incríveis 91% de aprovação dos leitores.

Mulheres que amam as mulheres, a natureza, a Austrália

Uma série feita por mulheres – e mulheres australianas, que demonstram amar profundamente as mulheres, a natureza e a Austrália, não necessariamente nesta ordem.

Holly Ringland (na foto acima), a autora do livro, nascida em 1981, foi criada, segundo se informa no site GoodReads, “no jardim tropical de sua mãe na costa oriental da Austrália”. Aos nove anos – a idade de Alice Hart nos três primeiros dos sete episódios da série –, partiu com a família para uma viagem dois anos em um trailer pela América do Norte, “viajando de um parque nacional para outro”, o que aumentou “seu amor por paisagens, culturas e histórias”, conforme se informa no site da própria autora.

Aos 30 anos, mudou-se para a Inglaterra, e obteve o título de master em escrita criativa pela Universidade de Manchester em 2011; em 2018 seu livro de estréia – exatamente The Lost Flowers of Alice Hart – foi lançado; traduzido em mais de 30 países (inclusive Portugal, pela Porto Editora), tornou-se um best-seller internacional.

Em 2020, Holly percorreu boa parte da Austrália para filmar Back To Nature, uma série documental de oito episódios sobre estilo de vida para a rede ABC TV, que ela co-apresentou ao lado de Aaron Pedersen.

Amor pela natureza, paisagens, viagens, a Austrália – as informações sobre a escritora Holly Ringland parecem falar de personagens da história que ela escreveu.

Sarah Lambert, a criadora, roteirista e produtora executiva da série, parece ser uma figura importantíssima na televisão australiana. Nascida em 1970, estreou com atriz com apenas oito anos de idade. Participou de produções teatrais para a companhia The Sydney Theatre e, desde 1991, tem escrito, dirigido e produzido curtas-metragens, dramas e documentários. Foi a criadora da série Love Child, que teve quatro temporadas e foi tida como o drama número 1 da Austrália em 2014, e da minissérie Lambs of God (2019), também um grande sucesso.

As demais atrizes brilham tanto quanto Sigourney Weaver

A autora do livro é australiana, a criadora da série é australiana, praticamente todo o elenco é formado por australianos. A exceção é a atriz que faz June Hart, a avó de Alice e figura básica, central da história. Ela é interpretada pela magnífica, majestosa nova-iorquina Sigourney Weaver.

Faz todo sentido, é claro, ter uma grande estrela de Hollywood no elenco de uma produção cara, a ser exibida no mundo inteiro. E as grandes estrelas australianas, de fama internacional, são de fato jovens demais para o papel de June Hart, a senhora idosa que dirige com mão firme, rígida, a grande fazenda de plantação de flores que é também um refúgio seguro para mulheres vítimas de maridos abusivos, espancadores. Até chequei as idades de algumas delas: Nicole Kidman é de 1967, estava portanto com 56 no ano de lançamento da série; Cate Blanchett é de 1969; Toni Collette, de 1972. Só Judy Davis, de 1955, estaria mais próxima da idade de June Hart – mas, apesar de seu imenso talento, de suas duas indicações ao Oscar, a atriz que fez aquela impressionante Adela Quested na obra-prima Passagem para a Índia (1984) não é tão famosa quanto Sigourney Weaver.

A mulher, afinal de contas, enfrentou o Alien de Ridley Scott em 1979 – e o derrotou. Quase parou Nova York quando seu prédio virou o grande bastião dos fantasmas do mundo inteiro, em Os Caça-Fantasmas (1984). Amestrou os maiores primatas do mundo em Nas Montanhas dos Gorilas (1988). Caçou um serial killer mesmo presa em casa, vítima de agorafobia, em Copycat: A Vida Imita a Morte (1995).

Aos 74 anos, e muitas vezes nada faiscantemente bela como no passado, a deusa Sigourney Weaver está maravilhosa como essa complexa, densa, perturbadora June Hart, uma das personagens mais fascinantes que já interpretou na sua carreira extraordinária.

Uma das muitas qualidades desta série é que a deusa Sigourney Weaver, embora esteja fantástica, não brilha especialmente mais que Alyla Browne, Alycia Debnam-Carey, Leah Purcell, Frankie Adams, Asher Keddie, Tilda Cobham-Hervey. – essas atrizes de quem eu jamais tinha ouvido falar, assim como, posso apostar, a imensa maioria dos espectadores brasileiros, norte-americanos, europeus…

Os australianos seguramente as conhecem, mas são só eles.

E são todas atrizes talentosas, não há como duvidar. Assim como não há dúvidas de que esse jovem Glendyn Ivin é um excelente diretor de atores, desse tipo de realizador que tem o dom de conduzir seu elenco como o mais perfeito maestro, assim na linha de um Elia Kazan.

É impressionante. (Na foto abaixo, Alycia Debnam-Carey, que faz Alice aos 24 anos.)

Misteriosa é a forma com que se mostra o incêndio

Para começo de conversa, Alyla Browne, a garotinha que interpreta Alice Hart nos três primeiros episódios, a Alice Hart ainda garotinha de 9 anos. Meu Deus do céu e também da Terra, mas o que que é aquilo? A menina é fantástica, extraordinária!

Nasceu em Sydney, em 2010, e portanto estava com 13 anos quando a série foi lançada. Começou a trabalhar aos 9 anos, e As Flores Perdidas foi o oitavo título da sua filmografia.

O cinema é pródigo em maravilhosas, impressionantes interpretações de garotos e garotas, mas, diacho, a interpretação dessa Alyla Browne como a personagem título desta série é uma das que mais me impressionaram. Ao menos nos últimos anos – os últimos 10, ou 20, ou 30…

Vemos no rosto de Alice Hart-Alyla Browne uma absurda gama de sentimentos – da maior alegria, no meio das brincadeiras com o pai e a mãe, até o absoluto pavor de quando percebe que o pai vai bater nela por um motivo qualquer que inventou ou por motivo algum. Passando pelos momentos em que ela, sem querer, sem conseguir dominar os pensamentos, se vê imaginando que o pai às vezes alegre, divertido, brincalhão, às vezes espancador, está sendo envolto pelas chamas.

Acontece logo no primeiro dos sete episódios da série o incêndio que consome a casa de Alice e mata seu pai e sua mãe. Ele, Clem, morre na hora. Ela, Agnes, então grávida de sete ou oito meses, é levada para um hospital, mas não consegue resistir.

As sinopses da Amazon Prime Video e do Rotten Tomatoes usam, as duas, o adjetivo “misterioso” para qualificar o incêndio na casa da família.

Na verdade, o que torna o incêndio misterioso é a forma com que os realizadores estruturaram a história.

Não tenho idéia de como é no livro – mas dá para imaginar que a criadora e roteirista Sarah Lambert tenha seguido a formas de narrar da autora Holly Ringland.

Na série, vemos que, acidentalmente, Alice deixa cair um lampião no chão cheio de palha do galpão-depósito-de-tudo no terreno da casa da família – o que dá início a um incêndio ali, na edícula, distante alguns metros da casa. Vemos Alice correndo apavorada para seu quarto, enquanto Clem, ao perceber o fogo na edícula, sai correndo não para tentar apagar o fogo, mas para bater na criança.

O roteiro foi elaborado cuidadosamente para transformar em mistério o que de fato aconteceu, e por que a casa principal – embora distante do galpão, repito, insisto – também pegou fogo, resultando na morte do pai e da mãe e na internação de Alice. A garota fica hospitalizada vários dias, recupera-se dos ferimentos, mas, traumatizada, perde a voz. Alice só volta a falar muitos meses depois, quando já está na fazenda da avó June.

Repito, insisto: diferentemente do que dizem as sinopses da Amazon Prime Video e do Rotten Tomatoes, não é propriamente o incêndio que é misterioso. O roteiro é que se esforça para transformar o incêndio em um mistério – como se a série fosse um thriller, uma história de mistério, de crime. Só no final do sétimo e último episódio da série será revelado para Alice – e para o espectador – o que de fato aconteceu. Como se essa fosse uma série policial, e não um drama familiar, uma denúncia sobre como é comum o abuso doméstico.

Esta é, acho eu, a pior característica desta bela série, deste belo cinema apresentado em sete episódios: ter ficado insistindo em fazer ares de mistério, como se fosse preciso isso para segurar os espectadores.

É – me parece – a síndrome da série, a síndrome da era Netflix: a necessidade de transformar tudo em mistério policial.

June se descuida da filha adotiva e da neta

Não sei como é no livro – e nunca vou saber, porque não vou procurá-lo para ler –, mas a série, apesar de muito bem escrita, é incapaz de explicar como e por que essa June tão forte, tão abnegadamente protetora de mulheres vítimas de homens violentos, abusadores, conseguiu passar nove anos distante de seu filho violento e abusador, depois que ele, casado com Agnes, foi para longe da fazenda Campo de Espinhos.

(Clem, o filho de June, marido de Agnes, pai de Alice, é interpretado por Charlie Vickers. Agnes, a mãe angelical de Alice, ela também filha de pai abusador, é o papel de Tilda Cobham-Hervey, na foto acima.)

Diacho! June tinha a perfeita dimensão de que o filho era violento. E, durante nove anos, não conseguiu proteger Agnes e sua filha – mesmo sendo Agnes como uma filha queridíssima para ela.

Bem… Isso me pareceu bastante ilógico, ofensivamente ilógico – mas, vendo por outra perspectiva, June é de fato uma pessoa surpreendente, nada, nada, nada previsível, racional, lógica… Então talvez essa incongruência que me pareceu um absurdo seja aceitável. Pode ser…

Respeito pelos aborígenes. E paixão pelas flores

A série fala bastante da questão dos aborígenes, os povos originários que, como aconteceu também no Canadá, nos Estados Unidos, no Brasil, foram praticamente dizimados pelos brancos colonizadores. É uma chaga profunda na história da Austrália – e o cinema feito no grande país tem abordado a questão em belas obras, como, só para dar um exemplo, Geração Roubada/Rabbit-Proof Fence (2002), de Phillip Noyce.

Como outro bom filme australiano, Trilhas/Tracks (2013), a série demonstra o maior respeito, carinho, pelos aborígenes.

A companheira de praticamente toda a vida de June Hart, Twig, é descendente de aborígenes. Durante uma viagem que faz, encontra-se com uma família do povo originário. Ficam juntos à noite, sob o céu estreladíssimo, enquanto Twig chora de saudade dos filhos que o marido abusador tomou dela. uma bela sequência.

Como em Trilhas, há um aviso em respeito aos aborígenes que virem a série: “Aborígenes e moradores das ilhas do Estreito de Torres são avisados de que este programa pode conter imagens e sons que podem se relacionar a pessoas mortas.”

A atriz que interpreta Twig, Leah Purcell (na foto acima), é, ela mesma, descendente de aborígenes, a sétima filha de um casal formado por aborígene e branca. É uma multi-artista: tem trabalhos como atriz, dramaturga, novelista e diretora. Por sua carreira no cinema, já recebeu 12 prêmios, inclusive o de melhor atriz da Academia Australiana pelo filme A Bravura de Molly, de 2021 – que ela mesma escreveu e dirigiu.

E aqui é necessário registrar que as legendas em Português da série na Amazon Prime Video traduziram alguns nomes próprios. Twig, a personagem de Leah Purcell, a companheira de June Hart, aparece como Rama. E Candy, a filha adotiva de June e Twig (o papel da neo-zelandesa Frankie Adams), aparece nas legendas como Dulce.

E, finalmente, é preciso falar sobre a importância fundamental das flores na história – e no visual da série.

June Hart é uma mulher absolutamente apaixonada por flores – paixão que herdou da mãe, que havia herdado da mãe dela, e assim sucessivamente por várias gerações. A fazenda de plantação de flores, Thornfield, Campo de Espinhos, havia passado de geração a geração. As avós e a mãe de June haviam iniciado num livro de recortes, um scrapbook, catalogando as espécies de flores da Austrália, e o significado de cada uma delas.

Umas duas ou três vezes em cada um dos sete episódios vemos uma flor, seu nome e seu significado. O título de cada episódio é o nome de uma flor, ou se refere a flores, como “Orquídea negra de fogo”, “Arbusto lanterna”, “Lírio do rio”.

As mulheres espancadas que June acolhe na fazenda e na imensa casa, e coloca para trabalhar na plantação e criação de flores, são chamadas de Flores por ela, pela sua companheira Twig e a filha adotiva das duas, Candy.

Naturalmente, a paixão de gerações de mulheres da família pelas flores é passada para Alice a partir do momento em que, órfã de pai e mãe, é levada pela avó para a fazenda Campo de Espinhos.

Boa aluna, Alice se torna uma profunda conhecedora de flores – o que será muito útil para ela encontrar emprego como guarda de um dos parques nacionais da Austrália, depois que, aos 24 anos, descobre uma terrível armação da avó e, revoltadíssima, foge da fazenda das flores.

A fuga acontece no iniciozinho do quarto episódio, que é quando há um corte no tempo – o terceiro episódio termina com Alice ainda criança, ali pelos 10 anos de idade. A Alice jovem mulher que vemos a partir do quarto episódio é interpretada por Alycia Debnam-Carey, atriz lindíssima.

A armação que deixa Alice enfurecida e a faz deixar a fazenda – o espectador perceberá – foi feita por June como uma tentativa de proteger a neta, de impedir que ela fizesse uma escolha que a avó considerava ruim. Uma opção terrivelmente equivocada de June, como outras tomadas por essa mulher de espírito forte. Decisões adotadas por amor, com as melhores intenções – mas absolutamente erradas.

Ainda no quarto episódio, Twig descobre uma outra manobra absurda da companheira – outra decisão, segundo June, tomada para o bem da família. Twig fica, como Alice havia ficado, furiosa com June. A frase que ela diz, tomada por uma raiva furiosa, é impressionante:

– “Quero que você se foda, June. (…) Este tempo todo você mentiu para nós. Você mentiu para Alice. Você controlava quem ela podia ver, quem ela podia amar. O que diferencia você de todos aqueles homens que você tanto odeia?”

Cacete! Que frase para se dizer a uma mulher que passou a vida lutando contra homens abusadores. “O que diferencia você de todos aqueles homens que você tanto odeia?”

Creio que esse é um dos pontos altos desta bela série. Mostrar que algumas decisões tomadas de maneira solitária, voluntariosa, para o bem das pessoas, podem ser tão terríveis, tão dilaceradoras quanto gestos de homens violentos, abusadores.

Anotação em setembro de 2023

As Flores Perdidas de Alice Hart/The Lost Flowers of Alice Hart

De Sarah Lambert, criadora, roteirista, Austrália, 2023

Direção Glendyn Ivin

Com Sigourney Weaver (June Hart),

Alyla Browne (Alice Hart aos 9, 10 anos),

Alycia Debnam-Carey (Alice Hart aos 24 anos)

e Leah Purcell (Twig, nas legendas Rama, a companheira de June),

Frankie Adams (Candy Blue, nas legendas Dulce, a filha adotiva de June e Twig), Asher Keddie (Sally Morgan, a bibliotecária), Alexander England (John Morgan, o policial, marido de Sally), Charlie Vickers (Clem Hart, o pai de Alice), Tilda Cobham-Hervey (Agnes Hart, a mãe de Alice), Maggie Dence (Boo, a Flor idosa), Dalara Williams (Myf, uma das Flores), Amy Kersey (Rosie, uma das flores), Sebastián Zurita (Dylan, guarda do parque nacional), Vivienne Awosoga (Lulu, guarda do parque nacional), Xavier Samuel (Moss, nas legendas Musgo, o jovem veterinário), Shareena Clanton (Ruby), Michael Gillan (Thugger), Kathleen O’Dwyer (Mish), Jeremy Blewitt (Charlie Morgan, o irmão de Alice), Luc Barrett (Oggi Novak criança), Ben Bennett (Oggi Novak adulto), Jack LaTorre (Clem Hart adolescente), Catherine Laga’aia (Candy adolescente)

Roteiro Sarah Lambert (criadora), Kirsty Fisher, Kim Wilson

Baseado no livro de Holly Ringland 

Fotografia Sam Chiplin

Música Hania Rani

Montagem Dany Cooper, Deborah Peart    

Casting Jane Norris

Desenho de produção Melinda Doring

Figurinos Joanna Mae Park

Produção Barbara Gibbs, Amazon Studios, DMC Talent, Endeavor Content, Fifth Season, Made Up Stories.

Cor, cerca de 300 min (5h)

Fonte: 50 anos de filmes

Sergio Vaz

Jornalista, ex-diretor-executivo do Jornal Estado de São Paulo e apreciador de filmes e editor do site 50 anos de filmes.

Jornalista, ex-diretor-executivo do Jornal Estado de São Paulo e apreciador de filmes e editor do site 50 anos de filmes.

    2 Comentários

    • Rachel Alkabes 25 de setembro de 2023

      Esse teu estilo é muito gostoso de ler: culto sem formalismo exagerado, resvala p o coloquial. Respeitável também. Por causa dessa resenha, estou assistindo a perdição das flores. Tudo que vc analisou está bom e profundo. Mas, veja, não dá p ignorar o problema do ritmo, do timming, depois que inventaram This Is Us e Meu Pai. É possível prender o espectador com um timming melhor, sem precisar ser “em ritmo de fuga. Aliás, toda produção cinematográfica australiana peca com esse ritmo “quase” arrastado. Fica ali no meio. Dá p levantar e pegar um copo d’água, ao contrário de outras séries q vc nem consegue ir ao banheiro. Mais uma vez, obrigada. Já viu El Patron….?

    • Sérgio Vaz 26 de setembro de 2023

      Olá, Rachel.
      Muitíssimo obrigado por suas palavras. Você foi extremamente gentil.
      Quanto ao ritmo dos filmes, das séries… Olhe, eu não tenho nada contra um ritmo mais lento. Na verdade, o que me cansa são os filmes de ritmo muito agitado, como se fosse videoclipe…
      E não, não vi El Patrón. É o mexicano, dirigido por Enrique Murillo? Vale a pena? Você sabe onde a gente encontra?
      Mais uma vez, muitíssimo obrigado, Rachel.
      Sérgio

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