29 de setembro de 2025
Rodrigo Constantino

O legado de Barroso

“Diminuir pena por uma tecnicalidade é uma coisa completamente diferente de anistia”, disse Luís Roberto Barroso no Roda Viva (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

Luís Roberto Barroso chega ao término de sua gestão como presidente do Supremo Tribunal Federal. Como já virou “tradição”, Barroso cantou samba na festa de despedida. Talvez o ministro seja um cantor frustrado. Isso seria o de menos. O pior mesmo é que ele provavelmente é um revolucionário frustrado…

Qual a marca que fica de sua presidência? Impossível esquecer sua fala, num convescote de comunistas da UNE: “Nós derrotamos o bolsonarismo”. O ativismo político, portanto, será sua maior marca deixada. Barroso já confessou seu desejo de “empurrar a história”. Para ele, ser o guardião da Constituição é pouco.

Nosso Rousseau de Vassouras não mede esforços para ‘salvar a democracia’. Ele quer nada menos do que ‘recivilizar’ o país. Barroso deve olhar no espelho e enxergar um grande ser iluminado, cuja missão é resgatar o Brasil das trevas

Claro que Barroso não está sozinho nessa. Vários outros ministros assumem postura ativista, incondizente com o papel de juiz da Corte Suprema. Mas Barroso simboliza esta conduta como nenhum outro. Nem mesmo Alexandre de Moraes, chamado de “herói” por Gilmar Mendes, representa tão bem a politização do STF. “Perdeu, mané, não amola”.

Barroso já se gabou de ter enterrado a “PEC do atraso”, referindo-se ao voto impresso. O ministro age como se realmente falasse em nome do povo, fosse a democracia incorporada num indivíduo. Para Tabata Amaral, num evento nos Estados Unidos, disse que o “bem” derrotaria as forças do mal.

Nosso Rousseau de Vassouras não mede esforços para “salvar a democracia”. Ele quer nada menos do que “recivilizar” o país. Barroso deve olhar no espelho e enxergar um grande ser iluminado, cuja missão é resgatar o Brasil das trevas. E certamente não tem um amigo com coragem para lhe tocar a real…

Ele se julga alguém numa cruzada contra a “mentira”, enquanto espalha a mentira de que não há censura no país. “Ó, Liberdade, quantas vítimas feitas em seu nome!” O desabafo de Madame Rolland na Revolução Francesa seria adequado ao nosso Robespierre tupiniquim.

E agora o comando do STF vai para Edson Fachin. Barroso diz que é muita sorte do Brasil. Será? Fachin foi garoto-propaganda de Dilma Rousseff e um simpatizante do MST. Ele também foi o responsável pelo malabarismo que levou à soltura e elegibilidade de Lula. Com uma “sorte” dessas, o país estará totalmente desgraçado em mais dois anos. Mas ao menos “derrotamos o bolsonarismo”…

Fonte: Gazeta do Povo 

Rodrigo Constantino

Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

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