11 de setembro de 2025
Rodrigo Constantino

Mundos distantes

“Julgamento” de Bolsonaro no STF: narrativa vazia e perseguição política. Enquanto isso, o Brasil segue dividido entre silêncio e indignação. (Foto: Andre Borges/EFE)

Hoje começou o “julgamento” de Jair Bolsonaro e outros réus do suposto golpe. No STF, Alexandre de Moraes apresentou um resumo de sua relatoria, e em seguida o PGR trouxe sua denúncia. Uma peça de ficção que força um elo entre o ex-presidente e a baderna do 8 de janeiro. Uma ladainha conhecida, uma narrativa vazia e desprovida de embasamento.

Do outro lado da praça, a Comissão de Segurança Pública do Senado recebia virtualmente Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes. O presidente da Comissão é Flavio Bolsonaro, filho do ex-presidente. Tagliaferro apresentou fatos que comprovam a criação de um gabinete paralelo, uma verdadeira milícia montada para perseguir conservadores durante a eleição.

São universos paralelos, mundos distantes que não se comunicam. De um lado, a turma que quer tirar Bolsonaro da cena política custe o que custar e, para isso, finge que há algo concreto na denúncia do suposto golpe. Do outro, aqueles que ainda respeitam os fatos e que querem punição para Moraes por instaurar no país o “crime de opinião”.

No meio, contra a “polarização”, estão os “isentões” que não gostam nem de Lula nem de Bolsonaro, mas parecem dispostos a fechar os olhos para a forma como o regime lulista vem agindo para derrotar Bolsonaro. Para essa gente “morna”, um lugar nada agradável está reservado no inferno.

Não é perdoável ficar indiferente diante do que vem acontecendo com o Brasil. Moraes destruiu os pilares do Estado de Direito, e qualquer leigo pode constatar isso. Portanto, quem finge que se trata de um julgamento sério é parte do problema e tem sido cúmplice de um esquema montado para perseguir de forma implacável a direita.

Bolsonaro será condenado, pois o “julgamento” tem cartas marcadas

Barroso sequer conseguiu se conter e, mais uma vez, falou pelos cotovelos ao afirmar que, em breve, “vamos empurrar o extremismo para a margem da história”. É o mesmo que disse em um convescote de comunistas da UNE: “Nós derrotamos o Bolsonarismo”. Também disse “perdeu, mané”.

A militância desses políticos disfarçados de ministros supremos salta aos olhos, e o mundo todo enxerga. Inclusive, e principalmente, o governo Trump. Por isso, novas sanções devem ser impostas.

O presidente americano exigiu o fim da caça às bruxas, mas ela segue a todo vapor. Que todos os responsáveis por esse circo sejam punidos! E que o Senado brasileiro faça também sua parte. É o que se espera.

Fonte: Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

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