Na condição de professor, há mais de 35 anos, sempre questionei o uso de aparelhos celulares no ambiente de salas de aulas e concordo em gênero, número e grau com a justificativa do eminente promotor de justiça Sebastião Coelho. Tais equipamentos de celulares são um grande desafio para os professores, pois o que se vê são os alunos, ao invés de prestarem atenção aos conteúdos didáticos apresentados pelo professore, preferem ficar ligados nos Tik Tok, Whats app, Facebook, Instagram e demais redes sociais.
Li nessa segunda-feira(5), com muito prazer, uma matéria publicada pelo noticioso Bahia Notícias (BN), dando conta de que, por recomendação, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pede ao município de Pilão Arcado, no Sertão do São Francisco, que proíba o uso de celular nas salas de aula em todas as escolas da cidade, sejam públicas ou privadas. A orientação é direcionada às Secretarias de Educação Municipal e do Estado.
Justificativa plausível e acertada
No parecer o promotor de Justiça em substituição, Sebastião Coelho Correia, levou em consideração que o uso frequente de aparelhos celulares de forma inadequada durante as aulas contribui para a dispersão da atenção dos alunos e, consequentemente, compromete o efetivo aprendizado dos educandos; e a necessidade de conscientização dos alunos de que o uso de tais aparelhos no horário das aulas, para fins não pedagógicos, interfere negativamente em seu desenvolvimento, além de prejudicar o trabalho dos educadores e o rendimento das aulas.
Ainda de acordo com MP-BA recomenda a adoção das seguintes medidas:
A adoção de providências visando a conscientização dos alunos sobre a interferência do telefone celular nas práticas educativas, prejudicando seu aprendizado e sua socialização, por meio de campanhas educacionais e palestras;
A proibição do uso de aparelhos celulares em sala de aula nos estabelecimentos de ensino públicos e privados, no âmbito do município de Pilão Arcado, exceto com prévia autorização para aplicações pedagógicas;
A garantia que os alunos tenham conhecimento da proibição, com afixação de avisos em locais visíveis nas salas de aula, bibliotecas e demais espaços;
A adoção de medidas previstas em regimento escolar ou normas de convivência da escola em caso de desobediência.
Conforme o Ministério Público, a recomendação deve ser cumprida no prazo máximo de 90 dias, a partir de seu recebimento. O descumprimento, segundo o MP-BA, poderá caracterizar a inobservância de norma de ordem pública e a responsabilização nas esferas cível, criminal e administrativa.
Geração de idiotas
Uma suposta citação de Albert Einstein diz que o físico temia o “dia em que a tecnologia irá superar a nossa interação humana”, tornando a população numa “geração de idiotas”. A frase é muitas vezes acompanhada por imagens de pessoas agarradas ao smartphone para comprovar que “o dia que Einstein temia” já chegou.
Por fim, é preciso que os alunos entendam que a sala de aula é um ambiente de estudo, não área de laser e divertimento, como se eles estivessem em uma praça de alimentação de um Shopping ou em casa, e portanto, deve ser respeitado. Afinal, um professor se esforça pra preparar sua aula, gasta horas em pesquisa, para levar ao aluno conhecimento e saberes e de repente vê todo seu esforço em vão e desmerecido.
Ou cuidamos dos nosso jovens hoje, ou testemunharemos um mundo repleto de idiotas.
Fonte: Professor Taciano
Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia (1987)-UNEB e graduação em bacharelado em administração de empresa – FACAPE pela FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DE PETROLINA (1985). Pós-Graduado em PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL. Licenciatura em Matemática pela UNIVASF – Universidade Federal do São Francisco . Atualmente é proprietário e redator – chefe do blog o ProfessorTM