Como não sei em que horas vocês vão ler este texto, estou desejando tudo de bom para todos, em qualquer horário.
Todos os dias eu caminho pelo bairro, e cada quarteirão, vejo prédios em construção, e muitos tapumes, escondendo os casarões e casas que darão lugar à nova cara da Vila Clementino, bairro em que nasci.
Meu bairro, cheio de recordações, perdeu sua personalidade.
Inclusive a casa dos meus pais, lugar que morei e onde conheci amigas que mantenho até hoje.
Dá uma tristeza ver o que estão fazendo.
São prédios quase todos iguais: andares altos e com apartamentos de 4 ou 3 dormitórios pequenos pelo preço, salas imensas com terraços fechados por vidros e cozinha gourmet, e com estúdios de 20 a 40m2 para os solteiros. Os pais compram o cantinho do filho e moram todos no mesmo prédio.
Cada vez mais noto que as famílias se dividem. Onde fica aquela época onde a família era tão importante? Tempos modernos?
Eu não gosto dessa nova arquitetura, fria e impessoal. Tudo igual parece que um copia o outro.
Gosto do meu bairro, tenho muita gente amiga e somos uma família onde um ajuda o outro.
Sabemos o nome do gari que limpa nossas calçadas.
Se alguém puder me dizer se estou certa ou errada por favor coloquem aqui.
Só sei que a cada casa derrubada sai um lágrima dos meus olhos.
Éramos felizes do jeito como estava.
Coloco uma foto de uma rua de Paris, onde o verde predomina e os prédios são uma graça, todos cheios de charme. Tem de Buenos Aires também. Charmosos…
Jornalista… amo publicar colunas sobre meu dia a dia…