2 de dezembro de 2024
Yvonne Dimanche

Lembranças de bons tempos


Amigos, é impressionante como coisas bem simples são capazes de deixarem traumas que por muitas vezes não conseguimos superar.
Ontem vi uma foto da estação das barcas em Niterói e imediatamente me veio o cheiro daquele lugar. Eu adoro aquela cidade, mas tenho pavor das barcas que me lembram o período em que estudei na UFF que não foi bom. Ir para Niterói, só pela ponte.
Existem certas músicas que eu não posso ouvir de jeito algum, mas nada foi tão ruim quanto um CD que ganhei em um dia que sofri muito: Zeca Baleiro e Fagner. Só ouvi naquele dia para nunca mais. Nem sei quais são as músicas que com certeza devem ser maravilhosas, mas não quero ouvir

Isso tudo é porque hoje ouvi um toque de celular que era o que eu tinha quando o meu marido estava internado. Os amigos queridos ligavam demais querendo notícias. Nos primeiros dias eu recebi uma média de 20 ligações. Foi muito triste aquela época.
Li certa vez que existem maneiras de desprogramar a nossa cabeça. Não sei como, mas eu queria algo daquele filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, mas aí não seria muito legal, porque felizmente as lembranças boas superam em muito as más.
Se existe gente que passou por situações inimagináveis em períodos de guerra, conflitos, violência urbana, morte de filhos e ainda assim conseguiu superar, não vai ser um toque de celular que vai me deixar pra baixo, né? Apesar de tudo, a vida é bela.
O Boletim

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