19 de abril de 2024
Yvonne Dimanche

Feministas chatas


Queridos leitores, já comentei neste espaço uma vez que ando meio cansada de feministas. Toda hora é uma reclamação contra os homens utilizando os mesmos métodos que eles sempre usaram e – ainda usam – contra nós mulheres. Colocam eles no mesmo saco, como se todos fossem canalhas.
Desculpem meninos, mas muitos de vocês são realmente canalhas. Basta ver que quando eclode uma guerra, a primeira coisa que os soldados fazem é estuprar mulheres e meninas. Exemplos não faltam.
No entanto, quem sustenta o machismo é a própria mulher quando se torna mãe. O tratamento dado ao filho é totalmente diferente ao da menina. É ela que fala que a filha da vizinha é uma vagabunda, porque toda noite está com um rapaz diferente. É ela que pega a toalha jogada no banheiro e não reclama. É ela que fala para o próprio filho que as bichas são uma aberração da natureza. É ela que vê o marido falando besteiras machistas e fica calada.
Eu mesma recentemente fui bem machista ao dizer que o homem é mais coitado do que a mulher no caso de traição. Uma mulher traída é uma vítima de um homem considerado safado e ela é amparada pela sociedade que frequenta. Já o homem é um corno, uma espécie de sub-homem. A vergonha para ele é infinitamente maior, principalmente por ser vítima de comentários maldosos feitos pelas costas por seus próprios amigos.
Não é minha intenção defender homens e atacar mulheres, ao contrário, as mulheres estão no décimo degrau de uma escada de mil onde os homens estão no topo há milênios. Há muito o que melhorar, há muita coisa por fazer, mas não dessa forma. Até hoje não me conformo quando li não sei onde que uma mulher se sentiu ofendida, porque o homem abriu a porta do carro para ela entrar. Ora bolas, um ato de gentileza foi considerado machista.
Achei o fim da picada aquela propaganda do “não sabe de nada inocente” ter sido censurada, porque o cara chama a mulher de ordinária. Uma simples brincadeira engraçada deixou feministas furiosas e agora não passa mais na televisão.
Já temos uma presidente mulher, várias outras em altos cargos, somos a maioria nas universidades, muitos lares são sustentados apenas pela mulher. Hoje em dia podemos dizer sem medo algum que transamos com A, B, C e não vamos ser consideradas piranhas.
Muitas coisas melhoraram da década de 1960 para cá. Em grande parte por conta de feministas e suas lutas, mas muitos homens legais participaram dessa mudança também. Para que lutar com o fel se existe o mel que é bem mais gostoso?
Um lindo final de semana para todos e até o próximo Boletim.
Coluna publicada em 29/08/2014

O Boletim

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