24 de abril de 2024
Yvonne Dimanche

Erick,o holandês


Erick (Errrrrrick em holandês, rs) foi uma agradabilíssima surpresa que a vida me deu. Em 1978 ele resolveu tirar um ano sabático e veio para a América do Sul. Coisas que só quem mora ou pelo menos morava em países ricos poderiam permitir.
Chegou, primeiramente, não sei onde e veio passeando pelos países daqui. O último, antes do Brasil, foi o Paraguai e lá ele conheceu Juan, amigo da família, gente da gente, só que mais amigo do meu irmão do que meu. Veio direto para o Rio e depois se enveredou pelo Nordeste.
Ficou lá em casa e rapidinho viramos os melhores amigos de infância, sem nenhuma conotação amorosa.
Então, eu, ainda que trabalhasse nesse período, fiz questão de apresentar o Rio que só quem mora lá sabe como é. Nada de programas óbvios como passistas se requebrando.
Mesmo tendo sido nascida e criada na Zona Sul do Rio, eu sempre me aventurei na Zona Norte e subúrbios. Uma parte da minha alma é meio Vila Isabel, Usina, Muda, Tijuca e Madureira.
Lá fui eu, namorado e Errrrrick para a Rua General Espírito Santo Cardoso (não sei se Usina ou Muda) para um barzinho que só tocava chorinho. O cara simplesmente ENLOUQUECEU.
Lembro bem que pegamos o ônibus 438 (Barão de Drummond-Leblon) e a viagem não terminava nunca. Depois pegamos outro. Ele disse que o tempo desse percurso seria suficiente para ir de Amsterdam para Moscou, brincadeirinha.
Bom, resumindo a ópera, Erick tomou para si a linda e divina tarefa de divulgar para a Holanda a nossa música.
Ainda bem que os europeus nos amam, Japoneses também.
Um lindo final de semana para todos e até o próximo Boletim.

O Boletim

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