Confesso a minha ignorância e muito agradeceria se alguém me explicasse o que anda acontecendo neste louco mundo de meu Deus.
As feministas que marcham contra Trump, algumas fantasiadas de vagina – nada contra as vaginas, mas a fantasia é de péssimo gosto, a turma precisa da assessoria de um carnavalesco carioca –, está assim, ó, unha e carne com as mulheres islâmicas, aquelas que usam burka e, muitas, sofrem mutilação genital. Não há incoerência nesta união? Afinal, ou se é uma vagina pública ou se veste uma burka. Mas devo estar enganada, a idade faz a gente confundir as coisas. Não é possível que feminazi e islâmicas estejam misturadas no mesmo tacho…
Bem, possível é. Desde que Donald Trump tomou posse – pessoa que não conta com a minha simpatia, acho-o um ogro, tenho medo do que a sua falta de sutileza possa aprontar no mundo – que estou em estado de choque com o leio nas redes sociais. As pessoas perderam a noção e, na ânsia de atacar o novo presidente norte-americano, resolveram ofender a família do homem, que, aliás, me parece ser bom pai e avô. Além de estar sempre cercado daquela multidão de filhos e netos. Mr. Trump teve um gesto bonito logo após tomar posse: abriu os braços em direção aos herdeiros, como se os acolhesse em seu novo e extraordinário poder.
Minha má-vontade com Trump diminui à medida em que leio o monte de absurdos que se escreve contra ele. Li que Mrs. Trump é prostituta, que ela e o marido não são tão marido e mulher assim – quem será que lhes espionou a intimidade? – que o filho do casal é excepcional, que a filha Ivanka amarga um incurável Complexo de Electra e vai por aí à fora.
Quem somos nós, brasileiros, que elegemos um alcoólatra semianalfabeto e ladrão para a presidência da república, para criticarmos as opções alheias? Temos o rabo preso. E, família por família, vamos combinar, a de Trump dá de mil a zero na nossa ex-toda-poderosa. Ao menos a Sra. Trump, com aquele pose gélida, me dá a impressão que jamais mandará os norteamericanos tomarem no… bem, vocês sabem onde.
Mudando de assunto. Que azar o do Teori Zavascki, hein? Tão sério, tão austero e, no dia em que, com todo direito – era viúvo, gente –, resolveu aproveitar a vida, o avião caiu.
Aliás, que acidente estranho. Mas isto já é conversa para a semana que vem…