18 de abril de 2024
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Linguagem das redes sociais

Sumiram com o R dos verbos no infinitivo. Agora, vale “Vou chega as dez hora”, ”vou bebe  uma coisa bem forte”.
Também o dramático “nóis vai”, “nóis fica” – sujeito num tempo verbal, predicado no outro -, virou moda. Já selecionei preciosidades do tipo “A gente vamo de carro”, “nós pensa em mudá de opinião”.

Usar Ç e SS? Nossa, isso é coisa para pós-PhD em linguística. Ou, então, frescura de quem não tem o que fazer. Canso de tropeçar – e ameaçar uma crise nervosa – em “assucar, cabessa, carosso, danssa, açinar, groçeria. Vamos combinar, isto é uma grosseria com a última flor do lácio. Sinto-me ofendida.
Nos últimos dias, com a crise política, as conversas nas redes sociais aumentaram. As pessoas discutem política, sabem todas as soluções para o nosso país insolúvel. Mas não escrevem corretamente o próprio idioma.
Dia após dia, a língua portuguesa – ou algo próximo à ela – está sendo massacrada nas postagens de muita gente boa. É assustadora a inguinorançia pátria.
Não consigo acreditar que um povo que não faz a mínima questão de aprimorar o conhecimento de sua língua, vá conseguir modificar alguma coisa em seu entorno. Antes de mais nada, minha gente, vamos aprender a escrever o português correto. Chega de vexame público.
Nunca é tarde para tentarmos saber um pouco mais. Conheço quem podia estar matano, podia estar roubano, podia está fazeno nada na vida, podia até – se a idade permitisse – está andano na praia e rodano bolsinha para descolar uns trocados. Mas está aprendeno, tentano  se aprimorar.
Em terra de analfabetos quem soletra é rei. Quem sabe esta é a explicação para a tristre realidade do nosso país?
Vamos esquecer a preguiça e, na dúvida, consultar um dicionário. O Google também ajuda.
Escrever errado é uma vergonha.

O Boletim

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