29 de março de 2024
Lucia Sweet

Umanizzare, prisão e Manaus


Segundo a Newsletter de hoje de O Antagonista, “Uma pessoa é assassinada por dia em prisões do país”, diz a Folha de S. Paulo. E outras 164 pessoas são assassinadas fora delas.
Depois de quase 14 anos de esquerda no poder, ou, deveríamos dizer, de uma organização criminosa que usou a esquerda (termo que hoje é uma pecha) para se disfarçar, o Brasil é um Estado bandido que não assegura a segurança dos cidadãos.
Li que a Umanizzare, empresa que administra no Amazonas os presídios tem sedes terceirizadas. Deve fazer parte de mais um megaesquema de corrupção. Por sinal, segundo matéria do UOL, “Acionistas da empresa Umanizzare, que administra o presídio no Amazonas onde 56 presos foram mortos no último final de semana, doaram R$ 212 mil ao ex-deputado federal Carlos Souza (PSD-AM), réu por tráfico de drogas. As doações foram feitas em 2014, um ano depois de a empresa começar a prestar serviços para o governo do Estado. Carlos Souza, que não se reelegeu, negou as acusações sobre tráfico de drogas e disse que as doações foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.”
Todos sabemos que corrupção mata. E tem gente, principalmente os corruptos e seus advogados, que tem coragem de atacar o Juiz Sergio Moro e a força tarefa da Lava Jato.
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Matéria do portal Amazonas Atual:
Governo pagou em 2016 63,2% a mais para empresa que administra presídios no Amazonas
MANAUS – Em 2015, a Umanizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda., que administra presídios no Estado, recebeu R$ 199,9 milhões do Governo do Estado. No ano passado, foram pagos R$ 326,3 milhões à empresa. Em um ano de crise em que o governo teve dificuldades para fechar as contas, a empresa que administra o presídio da rebelião que matou 60 presos recebeu 63,23% a mais em 2016 do que no ano anterior.
A Umanizzare tem um contrato de 27 anos com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) em uma Parceria Público-Privada (PPP). O contrato pode ser prorrogado por até 35 anos. O valor pago à empresa só aumenta ano a ano. Em 2014, por exemplo, ela recebeu do Governo do Amazonas R$ 138,2 milhões, ante R$ 80,7 milhões pagos para a Conap (Companhia Nacional de Administração Prisional), que antecedeu a Umanizzare.
Fugas são comuns na gestão da empresa Umanizzare. Irregularidades nos presídios como reforma de celas pelos próprios presos também. É o caso de 25 delas descobertas no próprio Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em junho do ano passado, que foram destruídas. Presos de alta periculosidade também tinham frigobar, videogame, armário com alimentos, celulares e bebidas como whisky, além de drogas.
Entre 2010 a 2015, a Companhia Nacional de Administração Prisional (Conap) e a Umanizzare receberam R$ 493,3 milhões do governo do Estado. Desde 2014, a Umanizzare passou a administrar os presídios isoladamente. Os dados estão no Portal da Transparência do Governo do Amazonas (www.transparência.am.gov.br).

Lucia Sweet

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

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