Quando o barco está afundando quem está nele tira a água até de canequinha.
Alguém ainda tem dúvidas de que a Orcrim está por trás da invasão dos telefones que colocaram no centro do palco o ministro da Justiça e Segurança Pública e os donos do site intercept?
Até agora sabe-se que além de Sergio Moro, Paulo Guedes, Deltan Dellagnol, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, demais procuradores, parlamentares, delegados e até o presidente da República foram pegos nessa teia.
Perto de mil nomes segundo consta.
Essa é só a ponta do iceberg de uma tentativa orquestrada para destruir a operação Lava-jato e a reputação de membros do governo e instituições. Por outro lado, isso revela a temeridade que há no avanço da operação. Certamente muita coisa ainda pode ser desenterrada do subsolo da política.
Os idealizadores dessa trama contra os três poderes provavelmente são nomes conhecidos, abrigados em legendas partidárias, interessados em desestabilizar o governo e desacreditar o Ministro da Justiça.
O próprio advogado de um dos hackers presos por invadir os celulares e vazar o conteúdo das conversas entre Moro e o procurador da República, Dellagnol, deu as letras.
À essa altura, Glenn Greenwald e seus sócios não têm noção onde isso tudo vai parar.
Se prestaram ao papel de ir muito além da função jornalística; se compraram informações desses hackers presos, devem saber que o desfecho dessa trama poderá colocá-los atrás das grades.
Óbvio que isso tudo aconteceu porque a rede criminosa que atua nos bastidores do poder foi subestimada por todas as vítimas e que essa gente não está brincando. Atiraram no pato e acertaram a revoada.
Mas nem tudo é tão previsível. Os hackers presos, obviamente, ocupam as trincheiras.
Quem pratica crimes virtuais não deveria deixar rastros. É muito primário. Seria muita ingenuidade imaginar que sejam meros mercantilistas de dados e que cobram pouco para o tamanho dos estragos.
Os peixes graúdos estão em águas mais profundas e certamente não ganham em bitcoin e nem em real.
Não será surpresa se os tentáculos dessa rede criminosa estiverem ligados a grupos internacionais que vivem às custas da obtenção ilícita de dados e prestam serviços a quem pagar. Falta saber quem pagou.
Isso aconteceu nas últimas eleições nos Estados Unidos, com a participação de hackers russos e sabe-se lá onde mais.
Por isso, a falta de um sistema de segurança cibernética no governo é quase infantil. Risco que não deveria existir.
Por mais irrelevantes que sejam as informações obtidas nessas conversas, o fato é que aconteceu, não pode se repetir e serve para todos. A cadeia será pequena.
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