O universo da tecnologia é uma incógnita para os simples usuários de computadores e até para muitos técnicos. Não basta conhecer o linguajar dos especialistas e nem os conhecimentos básicos dos cursos de informática que graduam técnicos a conhecer os sistemas internos dos computadores. Mesmo assim, nem sempre esses conhecimentos são eficazes para lidar com certas armadilhas.
A infinidade de aplicativos que existem no mercado não livra simples usuários de danos colaterais. Produtos desonestos são “invisíveis” e provocam muita dor de cabeça e prejuízos.
O fato é que, antes de instalar qualquer coisa, muitas vezes por orientação de técnicos e conhecidos, precisamos conhecer mais um pouco dos produtos que prometem proteção ao nosso computador caseiro já que o profissional a empresa cuida.
Um capítulo especial é reservado aos antivírus e malwares. Foram construídos para se embrenharem nos sistemas do disco C do Windows, sob o pretexto de protegê-los. O computador começa a apresentar lentidão e alguns bugs, principalmente quando está próxima da expiração do prazo de validade que envia mensagens recorrentes dos valores a serem pagos para revalidar.
Numa iniciativa de desinstalá-los, e optar por outro, começam os problemas. E tanto faz se é produto premium ou gratuito. É o acontece com o antivírus Avira, que embute em si uma pegadinha ardilosa e um desatino para os usuários. Afinal há o livre arbítrio e o direito do usuário de desinstalar o aplicativo que não corresponda às suas expectativas. Livrar-se dele parece simples, mas não é.
O usuário realiza o procedimento convencional acessando pelo Meu Computador a opção “instalar e desinstalar”, aguarda e clica normalmente, os passos seguintes são excluir o arquivo do aplicativo e os ícones. E o usuário dá a operação como terminada e começa a instalar outro antivírus.
Porém, alguns conflitos surgem em breve tempo. A operação do computador começa a truncar e o modo de segurança passa a ativar a máquina toda vez que é ativada. O técnico é chamado e tudo piora.
O único relato que faz sentido foi o de ter havido a troca do antivírus. Mas nas busca apareceu o Avira. Mas como se fora desinstalado? Realmente, no procedimento padrão de desinstalação do Windows foi correto. Então o jeito era localizar o esconderijo do aplicativo. Logo constatou-se, um não, vários. Isso mesmo o Avira se fragmenta por várias pastas do disco C do Windows. Por mais que a maior parte dos pedaços do antivírus espalhados sejam localizados, ainda assim a pesquisa acusa que o aplicativo não tinha sido totalmente desinstalado.
A leitura de textos de especialistas em informática revelou que desde 1988 o Avira vem provocando estragos. Sistemas como XP, Alta Vista, Windows 7 e 10 foram afetados. E mais, o aplicativo “atacava” os arquivos do Windows como se fossem malwares, corrompendo toda a instalação original do computador.
Se até mesmo os técnicos quebram as cabeças para resolver esse problema, os simples usuários só somam prejuízos.
Na verdade, a detentora germânica da marca Avira nunca fez nada. Danem-se os milhões de prejudicados por seu produto defeituoso e desonesto, porque calar-se diante de um problemão desse é bem mais econômico. Se houvesse penalidade para isso as indenizações seriam de grandes proporções.
Os usuários não têm culpa e nem são obrigados a ter formação em informática para comprar um computador. Mas ajudaria se houvesse suporte apropriado e reportes de segurança da empresa para a remoção adequada do antivírus.
O universo de aplicativos é cada vez maior e é uma incógnita para a maioria das pessoas. O que nos resta como arma é a informação. Ler tudo sobre eles e também os comentários nos fóruns de especialistas em informática. Sem isso não somos nada porque os fabricantes não estão nem aí. Somos meros cifrões para eles e ninguém fala nada sobre isso.
Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.