O Hino à Bandeira sempre foi meu preferido, junto com o Hino da Independência.
Gosto da melodia suave e introspectiva, em contraste com o belicismo fake do hino principal, e também da letra, principalmente do verso que escolhi para abrir este texto.
O fato é que a poesia de Bilac fez uma feliz união com a melodia de Francisco Braga: o hino inteiro é delicado, sutil, feito sob medida para cantarolar consigo próprio.
É quase uma oração.
Em tempos onde os sentimentos simples e verdadeiros, como o amor à terra onde nascemos, são vilipendiados, ofendidos e desprezados dia após dia, o Hino à Bandeira do Brasil soa como um pequeno regato de águas limpas, nascido de cachoeira, que purifica o solo por onde passa.
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.