Às vezes, quando o lutador do outro lado do ringue – também conhecido como Vida – bate mais forte, e acerta justamente aquele ponto desguarnecido, a gente talvez se sinta assim como esse Mustang aí da foto.

É da vida bater, e ela é especialista em descobrir o lado mais frágil, aquele que vai doer mais, e levar à lona, enfim. Tal como Rocky Balboa.

Acontece que Mustangs, sejam carros ou cavalos, não nasceram para derrear, ainda que abaixo de céus esplêndidos como este da foto. Balboas até podem beijar a lona, mas não ficam muito tempo no conforto e na segurança do solo.

Mustangs GALOPAM e TROVEJAM nas estradas, debaixo de céus luminosos e negros, azuis ou tempestuosos.

Balboas se erguem do chão, sangrando e a um fio do nocaute. Apenas para desafiar o lutador do outro lado do ringue. Mais uma vez. E outra. E mais uma. Até vencer.

Porque eu não vejo outra possibilidade, além do Bem e do Bem, que não seja a vitória, plena, completa, definitiva e intransitiva.

É a Vida ao redor – e só combate quem está vivo.

(Texto: Joseph Agamol )