“A ambição de poder é a mais forte de todas as paixões”, segundo o historiador Tácito.
Nero, o imperador romano do ano de 54 a 68 da era cristã seria a prova disso.
O reinado de Nero se identifica historicamente como ditatorial, extravagante, cruel e esbanjador de dinheiro. Sua obsessão era se tornar popular no poder e ser amado pelo povo numa época em que os meios de comunicação eram limitados.
Promoveu os espetáculos circenses, atraindo multidões. Abusava das mentiras, das intrigava, das conspirações para angariar as graças do povo.
Na noite de 18 de julho de 64 um gigantesco incêndio devastou Roma.
Historiadores apontam o próprio Nero como o causador no seu desejo de reconstruir a cidade mais exuberante. Tácito descreve como os cristãos foram declarados culpados do incêndio e implacavelmente perseguidos na condição de seus inimigos favoritos.
A obsessão pelo poder levou o ganancioso Nero a se tornar um verdadeiro refém da sua ambição e usou todas as tramoias para alcançar o poder ou para se manter nele.
Foram tantos os desmandos que o Senado o destituiu e ele acabou se suicidando.
Será que ainda existem Neros no mundo contemporâneo? No Brasil?
São “impressionantes” as 22 ocorrências na “ficha suja” do político João Dória, listadas por Eduardo Hegenberg (do Jornalistas Livres), sob o foco da Justiça e da imprensa, que o alçam no pedestal dos mais “legítimos representantes da “velha política”, da qual finge se diferenciar”.
Vale relembrar sua gloriosa declaração, como candidato do PSDB, ao governo de São Paulo no 2º turno, de que “irá apoiar Jair Bolsonaro para presidente da República” e “derrotar a esquerda”.
Confirmada a sua vitória ao Governo de São Paulo com o apoio bolsonarista, clamou que “nós estaremos apoiando o Brasil, estaremos apoiando o governo Jair Bolsonaro sim.”
Tornando-se obsessiva a sua ambição de ser aclamado Presidente da República em 2022, declarou guerra ao padrinho e o perseguiu implacavelmente no sistema federativo.
Para o deputado federal Guiga Peixoto: “Dória é um conjunto de mentiras!” Tem razão!
Para se popularizar, à la Nero, contou com a ajuda da mídia do ódio. Cortou em 15,3% o orçamento de 2021 da área da saúde e aumentou em 120% o robusto orçamento para comunicação institucional, agraciando o Consórcio jornalístico, liderado pela GLOBO.
Com as fartas verbas publicitárias, maximizou um festival de aparições televisivas diárias conectadas ao enfrentamento da pandemia para se autopromover. Juntou sumidos ex-presidentes, prefeitos e governadores anti-Bolsonaros no 1º dia da vacinação no Brasil.
Mas, o auge da farsa do poder populista foi a comemoração nacional da Butanvac, a milagrosa vacina 100% brasileira. Horas depois, o Instituto Mount Sinai, nos Estados Unidos, denunciou ser o dono da patente. Um vexame internacional!
A grande verdade é que Dória por sua negligência na gestão estadual e o abandono da rede de saúde paulista ao total colapso, fez com que imputáveis recordes de óbitos se sucedessem a cada dia e as tardias medidas preventivas ameaçassem o Estado de falência.
O mais poderoso e rico Estado da federação, na era Dória, vive a pior crise humanitária e econômica da sua história vermelha, branca e preta.
Tudo conduz ao inevitável impeachment do Governador de São Paulo, antes que incendeie a capital…
Que Deus proteja o Estado de São Paulo e o Brasil do Nero paulistano.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.