28 de março de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

O choro da psudologia fantástica

Num episódio do seriado Law&Order da Prime, o detetive suspeita que o criminoso tenha um transtorno que identifica de “pseudologia fantástica”.
A psicopatia apareceu entre aspas na legenda, o que acirrou a curiosidade.

É um transtorno no qual o hábito de mentir se torna patológico, como foi descrito pelo médico alemão Dr. Anton Delbruck pela primeira vez na literatura médica, em 1891.

No seu livro “Mentes Perigosas”, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa explica que tais psicopatas buscam poder e status, mentido exageradamente para alcançá-los.

Se endeusam de valores positivos pela necessidade de afirmação ou de prestígio no poder, a razão preponderante para a profusão das mentiras.
Não controlam os sinais faciais de nervosismo e apesar do esforço sobre-humano para contê-los, acabam desabando em crises convulsivas e desavergonhadas de choro.

Sabe quem já deu um show de choro convulsivo na televisão?

A Nação brasileira acompanhou o desfecho da eleição para a Presidência da Câmara:

– “Eu me preparei para não chorar”, disse, enquanto segurava o microfone e enxugava as lágrimas com o lenço – Foi uma honra que tive pelos últimos 4 anos e 7 meses. Onde eu tive a oportunidade de conhecer a nossa realidade e os nossos desafios” – desabafou o deputado Rodrigo Maia, na despedida lacrimosa da presidência da Câmara, onde quis se perpetuar, mas o Supremo não permitiu a sua reeleição ao cargo.

O deputado federal Otoni de Paula do RJ denunciou a grande mentira: “As pessoas viram o mal que ele fez ao Brasil, a postura arrogante dele durante todo o ano passado, de pandemia, a casa parou, as pautas importantes pararam.”

Chora…chora… Rodrigo Maia no melancólico adeus à presidência da Câmara, como se fosse o seu trono e suas régias mordomias um anexo do orçamento familiar.

Valter Bernat, editorialista de O BOLETIM resumiu bem o péssimo exemplo e legado: “Pautava o que bem lhe aprouvesse. Inúmeras medidas provisórias caducaram, por falta de votação, principalmente, a do auxílio emergencial. Não votava, não pautava e fazia questão de discursar criticando o Presidente Bolsonaro, pouco ligando para o que o povo ou que o país precisava.”

Em resumo, atrasou o Brasil em dois anos…

Chora…Chora… Rodrigo Maia, no ombro do Governador de São Paulo, João Dória.

Manipulou o cargo com incendiárias intervenções para desunir a Federação dos Estados. Usou a mentira como a munição favorita para aparecer na mídia global.

Ameaçou, no último dia, como integrante da Mesa Diretora, pautar os pedidos de impeachment contra o Presidente da República.

Semeou a intriga parlamentar para se postular um salvador da Pátria.

Chora…chora, a festa do poder acabou, sem mais os aviões da FAB e o palácio residencial.

O presidente Bolsonaro apostou tudo no jogo político: fez o presidente da Câmara e do Senado.

As redes sociais confiam nos novos eleitos e na bem-vinda “pacificação”, capaz de pôr um fim à “paralisia interna congressual”, que denegriu o Legislativo em 2020, e agora está apta a priorizar as pautas emergenciais, que ampliem a oferta de vacinas.

Que prospere o desengavetamento da agenda prioritária, em prol “do desenvolvimento social e do crescimento econômico”.

Que Deus proteja os eleitos Presidentes das duas Casas Legislativas para que se consagre a harmonia e a independência entre os três poderes e a vitória da saúde contra a Covid-19 no Brasil.


Foster The People – Pseudologia Fantástica (Official Music Video)

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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