Albertinho, o ascensorista do elevador privativo dos diretores e conselheiros da estatal, de suas visitas VIP e das autoridades, no sobe e desce diário, fragmentos de conversas e confidências dos que confiam nos lucros bilionários da mais lucrativa empresa de capital aberto do Brasil.
Acostumou-se a dar ouvidos a todos os sussurros na cabine e, à noite, após rezar a oração da N.S do Apocalipse, rememorava na cama as frases entrecortadas, incompletas, ouvidas, em primeira mão, e as conectava às manchetes dos jornais.
Albertinho é o personagem preferido dos leitores do empolgante romance policial de ação e de suspense “A BESTA DE PASADENA”.
É de se imaginar ele trabalhando nos dias atuais. O quanto não ficaria tenso ou no dialeto baiano “vexado”, se tivesse de decifrar as frases ouvidas, dúbias, enigmáticas, recheadas de números intangíveis.
Ah! Se pudesse nos contar o que ouviu no “privativo dos maiorais”…
Com a descoberta da 1ª jazida de petróleo no Brasil, em 1939, em Lobato, na Bahia, uma vitoriosa campanha nacionalista criou a Petrobras, em 1953, para executar o monopólio da pesquisa, exploração, refino e distribuição.
O monopólio da União foi revogado, em 1997, pelo ex-Presidente da República do Brasil: o falso esquerdista e democrata fake, Fernando Henrique Cardoso.
Nomeou o genro para a Agencia Nacional de Petróleo (ANP)O, controladora da Petrobras para vendê-la a preço vil em manobras na Bolsa de Nova Iorque, sendo Pelé o garoto propaganda. Ocupou as refinarias com tanques. Cortou em 52% o seu orçamento para que a estatal “passasse a ser uma empresa privada, totalmente desnacionalizada”.
FHC abriu “a porteira da corrupção” com a dispensa de licitação nas obras da Petrobras. Assim, a organização criminosa da dupla Lula-Dilma pode se fartar no banquete do Petrolão. Usaram a criminosa manipulação de preços da Petrobras para conter a inflação e ajudar a reeleição da Dilma, causando bilionários prejuízos nos balanços da empresa.
O atual Presidente da Petrobras, ex-presidente do instituo IBMEC e um ferrenho privatista se posicionou na contramão do atual mercado internacional de petróleo, que exige que uma petroleira para ser vitoriosa e para se manter no topo do ranking mundial tem que ser uma empresa estatal integrada de petróleo, da exploração ao posto de gasolina.
Para favorecer o mercado financeiro, ele pôs à venda o filé mignon da Petrobras, a BR distribuidora, o setor mais rentável da estatal e assumiu a custosa exploração em águas profundas, refugada pelo capital estrangeiro.
Já, em fim de mandato, ele divulgou numa plataforma on-line (Economática) um lucro “exagerado” de R$ 59,8 bilhões no 4º trimestre.
Porém, omitiu que os preços da estatal tiveram 41,5% de aumento!
O consumidor que se dane!
Foi só o Presidente Bolsonaro anunciar que pretende mudar a atual política de preços para que a Petrobras, a Disneylândia da Bolsa, tivesse uma vertiginosa queda nas ações para desespero dos acionistas estrangeiros, que detém 24% do capital acionário da estatal.
Chegou a hora de dar um Basta à montanha russa da Bolsa e beneficiar o consumidor.
Albertinho há de agradecer a N.S do Apocalipse pela bem-vinda política de preços, que engradecerá a Petrobras.
Que Ela ilumine o justo equilíbrio entre o lucro e a missão da estatal em atender com eficácia empresarial e socialmente a população brasileira.


Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.