A vida estaria voltando à normalidade?
A revista Madame do Le Figaro comentou os sombrios tempos e os efeitos negativos do “cansaço infinito” diário, à beira da depressão, na demora da implantação da progressiva e lenta vacinação no mundo inteiro, em busca da salvação da humanidade.
Reportou a atual decepção dos imunizados diante da errônea expectativa de que tudo logo se normalizaria no cotidiano, após meses e meses de isolamento social.
Deu destaque às experiências acumuladas nesses 11 meses e chegou a várias conclusões.
O emprego não presencial ampliou o espaço vital de intensa dedicação aos entes queridos. Há os que se voltaram para a espiritualidade. Outros, ressuscitaram suas habilidades em belas criações manuais. O talento artístico voltou com força total.
Como nada se normalizou de um dia para o outro, a revista deu boas dicas para superar a angustiante fase da pós-vacina, sobretudo levando-se em conta que foram mantidas e até reforçadas todas as prevenções sanitárias anteriores à imunização.
Sejamos mais experientes do que no primeiro confinamento.
Vamos nos concentrar no “que aos nossos olhos vale a pena viver”, como aconselhou a psiquiatra e psicoterapeuta Céline Tran.
Segundo a reportagem, é preciso “cuidado para não apagar completamente o passado” e ficar sempre de olhos abertos para a janela do futuro.
Deixar que as lembranças dos tempos felizes nos emocionem novamente e aliviem o estresse da preocupante atualidade. Vale, por exemplo, compartilhar com os velhos amigos as reminiscências, à “procura do tempo perdido”, à lá Proust.
Flutuar no infinito, viajar pelos álbuns de fotos, cartões postais, livros de cabeceira, ao som de melodias que nos enternecem e nos aquietam.
Deixar a nostalgia aquecer o coração e acalmar a alma na nossa solidão.
Isto, sem nunca perder de vista a renovação dos hábitos, que com certeza suavizará a espera da volta à normalidade, ainda que sem data no calendário.
Celebrar, por exemplo, com os amigos do FACEBOOK a sua entusiasmada adesão ao protocolo do otimismo.
A atitude positiva foi cientificamente comprovada que afugenta as ansiedades e aumenta a “capacidade de resiliência”, além de proporcionar efeitos colaterais benéficos para a saúde física, portanto, com “menos problemas cardiovasculares”.
Há de se enfatizar a prevalência sempre do sacrossanto equilíbrio do domínio do corpo com o domínio da mente, este responsável pela paz ou pela guerra dentro de cada de nós.
É hora da vitória da esperança, da volta por cima de ver o sol nascer diariamente e o céu azul, maravilhoso.
De ter fé no novo “fôlego vital”, capaz de introduzir um estilo de vida melhor, que priorize uma alimentação mais saudável, a prática de atividades físicas e a habitual higienização.
Não importa o quanto à nova postura possa parecer impossível. Vamos conseguir!
É a oportunidade perfeita de nos unimos nas redes sociais em favor da solidariedade humana e de exigir investigações urgentes e punições exemplares contra as “autoridades”, políticos, prefeitos e oportunistas criminosos que furaram as filas dos grupos prioritários, em meio à escassez de vacinas contra a Covid-19, ainda com um número reduzido de doses.
Que Deus proteja a população brasileira na imunização nacional e una a Nação na vigorosa democracia, em defesa da paz e da reconstrução de um Brasil melhor.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.