Ontem fui ao Flamengo e me disseram que Silva Batuta morreu. Ele foi um craque do time de futebol. Não o vi jogar porque estava no exílio.
Lembro-me dele no clube, já em próximo dos 80 anos. Simpático, com a voz extremamente rouca. Parece que morreu de pneumonia.
Sinto muito sobretudo por mortes de que gente que convivo no cotidiano.
Hoje escrevi um artigo sobre o potencial econômico do Brasil, quando se examina o país pela ótica da nova economia, que valorize a natureza.
Na tevê, comentei essa história da Renda Brasil. Não sabem de onde tirar o dinheiro. O teto de gastos subiu no telhado. O vice-presidente Mourão deu a entender que é o único caminho, além de um aumento de imposto.
Como o aumento de imposto pode ser barrado no Congresso, a única saida será romper o teto e aguentar as consequências. E não serão poucas.
A perda da credibilidade com o mercado significa que os empréstimos ao governo continuarão a ser feitos. Mas todo mundo quer fazê-los cada vez mais a curto prazo. Chega num momento em que não dá para saldá-los facilmente.
Hoje falei na tevê sobre essa lei que pune violência contra animais domésticos. Mostrei que existem outros problemas nesse campo. A proteção aos animais silvestres é um deles, o futuro dos jardins zoológicos é outro. E enfatizei o problema das aves e o gado que garantem a proteína nas mesas. São concentrados e têm uma vida muito difícil. As vezes, essa concentração intensa resulta em epidemias.
Finalmente, mencionei Peter Singer, o teórico dos direitos dos animais. Eu o entrevistei em Sorocaba, numa das visitas ao santuário do primatas.
Infelizmente não pude mostrar a entrevista ontem porque jornal de tevê é coisa rápida. Foi uma longa conversa. Nos encontramos numa visita à Cecília, uma chimpanzé que conquistou, pela primeira vez na história, um habeas corpus para deixar um zoo na Argentina e vir para o santuário em Sorocaba.
A onda de calor parece tger chegado. Uma pessoa que assistiu ao jornal das seis achou um absurdo que estivesse de casaco, sem o ar condicionado ligado. Não uso ar condicionado, não uso casacos também. Se o faço é porque preciso trabalhar. Prefiro sentir um pouco de calor, aliás sou bastante resistente a calor e pouco resistente a frio, embora tenha morado tanto tempo na Suécia. Talvez tivesse alguma adaptação ao frio no passado. Com a volta dos trópicos, acho que a perdi essa qualidade.
Fonte: Blog do Gabeira