Hoje é dia de más notícias. Uma delas aconteceu no sábado e foi aquela repressão da polícia aos manifestantes contra Bolsonaro. Duas pessoas foram atingidas no olho, estão hospitalizadas e podem perder a vista.
Não havia violência entre os manifestantes. Os atingidos inclusive nem estavam se manifestando, eram transeuntes ocasionais.
Importante registrar isto porque começa uma temporada de manifestações que deve se estender até 2022. No Rio, a PM fez um esquema de proteção a Bolsonaro que custou R$645 mil.
Não é correto proteger um lado e cair de pancada sobre o outro. É um tema que os governadores não podem empurrar com a barriga. Ou conquistam suas PMs para o campo democrático ou vamos ter truculência contra a oposição nos próximos meses.
Outra notícia que causa estupor: o Brasil vai sediar a Copa América, apesar dos 460 mil mortos e a aproximação de uma terceira onda.
A Argentina e Colômbia não quiseram sediar. Países como o Chile e o Uruguai, já avançados no processo de vacinação, também recusaram.
Restou apenas Bolsonaro, uma vez que outros países como Peru e Equador não têm estádios em número suficiente.
O presidente da Conmebol disse que o Brasil vive um momento de estabilidade e agradeceu a Bolsonaro. Estados como Pernambuco e Maranhão já se recusaram a sediar os jogos. Manaus seria uma das cidades-sede, mas alguém se lembrou da variante P1.
A CPI investiga a irresponsabilidade de Bolsonaro na compra das vacinas e na indicação de remédios com ineficácia comprovada. A decisão de sediar a Copa América deveria ser incluída no relatório. Bolsonaro continua acreditando que a pandemia foi embora, ou já está indo com rapidez. O negacionismo não cede um milímetro à realidade dos fatos.
A terceira notícia do dia é mais positiva. A experiência de vacinação em massa na cidade de Serrana, SP, deu resultado positivo: as mortes caíram em 85 por cento e as internações em 80 por cento.
A vacina usada foi a Coronavac. Isso mostra que, em escala nacional, se tivéssemos vacinado em massa já estaríamos voltando à normalidade. Inclusive com essas partidas de futebol, francamente inoportunas no momento.
Vou me proibir de ver séries de televisão depois do trabalho. Fico interessado na sequência e quando me dou conta são quase duas horas da madrugada. Simplesmente impraticável com meu ritmo de vida e trabalho.
Fonte: Blog do Gabeira