Trump já começou a questionar o processo de votação e disse que vai acionar seus advogados. Em caso de derrota, vai dar muito trabalho.
Os republicanos parecem que não querem que muitas pessoas venham às urnas e colocam obstáculos. Ainda assim a marca de 150 milhões de eleitores sera alcançada, um recorde espero.
Aqui no Brasil, o governo jamais teve um plano B. Sempre contou com a vitória de Trump, pois era a que o interessava.
Será preciso flexibilidade caso Biden vença. O vice-presidente Hamilton Mourão começa exercer essa flexibilidade. Vai levar diplomatas europeus à Amazônia, embora os números das queimadas este ano tenham ultrapassado os de 2019.
Certamente viajará por partes da floresta ainda intocada. Mas é uma ilusão pensar que os diplomatas vão confiar apenas no seus olhos nus, tendo acesso aos dados de satélites.
Estou as voltas com inúmeros relatórios sobre as consequências da abertura do parque marinho de Fernando de Noronha à pesca da sardinha.
Estudo todos eles, mas a conclusão mais importante é que o mesmo grupo que se articulou a abertura da pesca da sardinha quer pescar tudo no parque.
A área marinha protegida no Brasil é muito pequena. Bolsonaro não vê utilidade nisso. Para ele, tudo deve ser aberto à pesca e à exploração turística. Sua passagem pelo governo será a mais devastadora para o meio ambiente. Mas creio que o próprio meio ambiente acabará reunindo oposição nacional e internacional para derrubá-lo. Que vença Biden, precisamos disso.
Fonte: Blog do Gabeira