O Brasil chegou nesta sábado à marca de 150 mil mortos por Covid19. O vírus é o tipo de personagem que todos querem esquecer. Mas infelizmente, ele dá volta e se recoloca no centro da cena.
Na Europa, leio no New York Times, a retomada econômica está bem mais lenta do que o esperado porque houve uma nova onda de coronavírus.
Nos Estados Unidos, a campanha eleitoral não pode fugir desse tema. Trump se diz quase curado e vai promover manifestação na Casa Branca.
Bem ou mal, o vírus é o tema mais importante da campanha que vai escolher o homem mais poderoso do mundo.
Se Biden for eleito, além dos problemas ambientais, ele vai discordar muito de Bolsonaro em outro campo: o papel da ditadura militar.
Bolsonaro é um admirador do regime. Biden, quando vice presidente de Obama, veio ao Brasil e entregou a Dilma 43 HDs com documentos do governo americano sobre a tortura no Brasil.
O material foi compartilhado com a Comissão da Verdade no Brasil e Biden fez um discurso oficial sobre essa cooperação.
O governo Obama entregou também documentos secretos sobre as ditaduras argentinas e chilenas.
O material foi produzido por diplomatas americanos com ajuda de militares e de pessoas que transmitiram as informações para eles.
Enfim, Biden e Bolsonaro vão se desentender em várias linhas. Mas é no meio ambiente que a urgência de mudanças vai tornar o desacordo dos dois em tema global, de interesse de todos os grandes países do mundo.
Tempo enganador no Rio. Amanheceu escuro como se estivéssemos ontem em São Paulo. Mas abriu um tímido sol e foi possível viver a manhã, como qualquer outra da primavera.
Fonte: Blog do Gabeira