Uma das tristes notícias do dia foi a de Bolsonaro fazendo piadas com a tortura sofrida por Dilma.
Bolsonaro tem um histórico de frases terríveis nesse campo. O que me impressionou é que as pessoas em torno dele riram da piada.
Isso nos coloca diante de grandes reflexões sobre o Brasil de hoje. Como é possível aderir ao discurso da estupidez, desvencilhar-se alegremente dos valores que nos tornam humanos, a empatia e a solidariedade, entre eles.
É uma reflexão que me levaria longe, as bases do capitalismo que estimula a competição, glorifica os vencedores e despreza os perdedores.
Essa visão autodestrutiva foi atenuada pela social democracia no século XX, inclusive com as políticas sociais que permitiram o seu avanço.
A globalização tem também seus problema sérios e procura se corrigir com a nova diretiva ESG, iniciais de governança ecológica e social.
Bolsonaro representa um atraso em relação a tudo isso. Sua visão é do triunfo do mais forte. Na política sobre a pandemia essa visão ficou bem clara. Não sou coveiro, e daí?
Devem ter contribuído para esta visão do homem lobo do homem o fato das políticas solidários do passado recente terem se contaminado com as denúncias de corrupção.
Aquelas pessoas rindo da tortura em Dilma Rousseff mostram como teremos de trabalhar para encontrar os caminhos de um Brasil humano e escapar da barbárie que ele se torna a partir da própria autoridade principal.
Fonte: Blog do Gabeira