As notícias de Israel indicando que caiu em 60 por cento a internação de idosos é um alento para quem acredita que a vacinação resolve o problema.
Israel é um pais pequeno mas vacinou em massa e está agora imunizando também os jovens.
O Brasil é maior e mais complicado. Uma das variáveis que favorecem Israel, além de seu tamanho e recursos, é a proximidade com a ciência. A história do povo judeu se escreve também com a trajetória de grandes cientistas. É difícil ter Albert Einstein em sua tradição e acreditar simultaneamente que a vacina transforma alguém em jacaré.
Leio no Lauro Jardim que a Finlândia está produzindo uma vacina contra o coronavírus e quer uma parceria com o Brasil. Pode ser interessante. Desde o princípio, temos defendido a necessidade de diversificar as parcerias e o Brasil acabou concentrando numa só, a Oxford-AstraZeneca.
Há uma notícia no UOL dizendo que a ONU ofereceu dois aviões e o governo americano um para o transporte de oxigênio destinado a Manaus. A oferta teria sido feita há nove dias, entre 16 e 18 de janeiro. Mas o governo brasileiro estava estudando.
Mais um documento contra o governo nessa crise de Manaus. Pazuello foi para lá sem data para voltar. Mas o problema está se estendendo para outras cidades do Amazonas e do Pará, segundo reportagem do Fantástico.
Eu mesmo registrei ontem que a situação em Rondônia é difícil. Lembrei-me que, por acidente, acabei vendo uma crise de malária em Rondônia. Foi no inicio da década dos 90 e estava cobrindo queimadas com o grande fotógrafo e amigo Jorge Araújo.
Percorrendo o interior do estado acabamos em Ariquemes que era a capital da malária. O pequeno hospital estava tão cheio que havia gente na rua.
Nesse caso, a hidroxocloroquina talvez tivesse uma função salvadora.
Apareceu a variante brasileira do coronavírus na Itália. Já apareceu também no Japão e na Alemanha. Os países tratam de mapear o genoma do vírus e rastrear sua possível expansão.
Interessante como se preocupam com a variante lá fora e aqui dentro não há medidas destinadas a contê-la nas fronteiras do Amazonas. Certamente já as cruzou mas de qualquer forma parece que nossa política se baseia naquela frase: desgraça pouco é bobagem.
O Ministro da Saúde está em Manaus e esteve em Manaus no momento mais critico mas jamais mencionou essa variante. Isso não o interessa.
Fonte: Blog do Gabeira