Revisitação da coluna escrita em 29/06/2021
Hoje, Elon Musk, é destaque em dois lides da agencia Reuters. Musk é uma estrela cadente dos negócios em tecnologia de ponta. Ousado, polêmico e inovador, ele leva os progressistas norte americanos à beira de um ataque de nervos.
O paradoxo de um homem ousado, que não reza na bíblia progressista, não se sujeita às barreiras conformistas e tem posição política conservadora, não cabe na cabecinha sub ideologizada dos ativistas politicamente corretos.
Os veículos elétricos da Tesla oferecem conforto, qualidade e eficiência e, mesmo apedrejados pelas grandes montadoras tradicionais, é um troféu do empreendedor de viés conservador que entusiasma os eco ativistas e defensores do meio ambiente.
Torcerei para que hoje a performance do Musk no evento de telecomunicações Mobile World Congress, seja impactante e positiva para o o destino da Starlink.
Seu sucesso será um passo adiante para ‘expandir amplamente o alcance da internet banda larga em todo o mundo, conectar veículos da Tesla e até mesmo fornecer uma nova plataforma para usuários, comerciantes e pessoas de múltiplas atividades que desejam uma alternativa às ‘big techs’ que dominam o sistema de comunicação cibernética impondo altos preços e limitadas condições contratuais.
Uma das matérias começa assim : “Don Joyce, um diretor da Nokia que trabalhava em casa em uma cabana remota em um lago no Canadá, abandonou recentemente sua internet de linha telefônica dolorosamente lenta em favor do serviço de banda larga via satélite Starlink, oferecido pela SpaceX de Elon Musk.
O Starlink, que custou C $ 600 dólares (US $ 486) para hardware e uma assinatura mensal de C $ 150, oferece velocidades “incrivelmente rápidas” ao enviar vídeos ou streaming de filmes, disse ele. Mas o cliente do teste beta disse que experimentou desistências durante ligações para o Microsoft Teams e Zoom.”
Sou uma espécie de Joyce urbano. Não sou do ramo da eletrônica. Sou artista. Não moro ao lado de um lago e sou cliente de banda larga e dependente da plataforma Microsoft.
Como tal, coagido a adotar todas as regras contratuais da empresa, discorde ou não, para não perder o acesso À rede mundial de computadores.
“A Starlink pode reduzir os custos construindo seus próprios terminais e satélites. Ela contratou engenheiros dos fabricantes de chips Broadcom Inc (AVGO.O) , Qualcomm Inc (QCOM.O) e outros para projetar seus próprios chips de comunicação(…) A Starlink reduziu pela metade o custo do terminal de US$ 3.000 e espera que fique em uma faixa de algumas centenas de dólares nos próximos um ou dois anos, disse Shotwell em abril (…) Reduzir o custo do terminal Starlink, soa um desafio para as ‘ big techs’ e poderosas operadoras de banda larga, esse é o alvo da SpaceX de Elon Musk.
“Não falir, seria um grande passo”, disse Musk no ano passado. “Esse é o nosso objetivo.”
Estou na torcida para que esse ‘conservador porreta’ empreendedor ousado, balance o coreto e sacuda a zona de conforto das poderosas corporações que hoje dominam a comunicação digital.
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.