26 de abril de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

A Saga dos Xerifes

Quando alguns dos onze xerifes não estão emitindo Habeas Corpus em profusão pra todo condenado por crimes do colarinho branco ou se esmerando em conceder liberdade para os condenados pela Lava Jato, se divertem mandando prender e soltar arbitrariamente seus desafetos.

Não bastasse isso, alguns Xerifes decidem o que o cidadão brasileiro em trânsito no exterior, onde as medidas de segurança em relação à peste são mais consistentes do que no Brasil, só podem retornar ao país de posse de um Passaporte Vacinal.

Ainda que a exigência seja inconstitucional, o xerifado, que tantas vezes atropela a Constituição, não se inibe em adotar mais uma decisão sem cabimento.

O Ministério da Saúde formatou um programa extensivo à base de dados do SUS, que facilitaria a vida do cidadão para a obtenção do certificado digital de vacinação.

Ocorre que essa base de dados foi alvo de um ataque de hackers e está fora do ar há semanas. Tal evento criou uma contradição na mente do Xertife Barroso.

Ele tem sob sua tutela a gestão da urna eleitoral eletrônica “tão perfeita, mas tão perfeita” que, segundo ele, é inviolável e extremamente segura contra ataque cibernético.

Diante dessa contradição digital – urna inexpugnável e base de dados do SUS facilmente hackeada, o Xerife Barroso decidiu punir o cidadão brasileiro que pretende retornar ao país mas não conseguiu obter o certificado digital do SUS.

Com isso, filas descomunais e o caos tomaram conta dos aeroportos.

Foto: Google Imagens – Yahoo Notícias

Se a decisão do Xerife Barroso estender-se para os meios de transporte urbano de massas e interestadual, o final de 2021 será uma epopeia.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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