

Um link sobre o incômodo e a agitação dos ativistas da grande imprensa com as mudanças concretas a nível de conhecimento geral e monumental ‘participação cidadã’ – opinião pública – nas redes sociais.
Anos atrás, no alvorecer da Internet, incontáveis artigos previam que o futuro das tradicionais empresas de comunicação era incerto do ponto de vista econômico e frágil, no tocante à soberania sobre a informação e os riscos para sua credibilidade, caso partissem para o confronto erguendo trincheiras para manter intactos seus interesses empresariais, particulares e políticos.
Na ocasião, a senha ‘fake News’ não existia e os sites/blogs de jornalismo digital autônomo ainda estavam no berçário.
Dedicados jornalistas, de carreira consolidada na imprensa tradicional, foram sensíveis às mudanças e perceberam que nada, nada mesmo, reverteria a revolução digital em curso e mergulharam de cabeça no jornalismo investigativo crítico e autônomo.
Hoje, muitos desses desbravadores alcançaram credibilidade e audiência significativa junto à opinião pública
Quem ficou pra trás continuará esperneando, porém o fato incontestável é que as tradicionais empresas de entretenimento e comunicação se tornaram usuários – como eu e você – das redes sociais, caso não adotassem o novo meio, desapareceriam do mapa mais rapidamente.
Meu pai se surpreenderia com o fato dos ‘apps’ que hoje abrigam bilhões de usuários mundo afora, não terem colocado um anúncio sequer nos tradicionais veículos de comunicação para serem o que hoje são.
Já meu filho indaga: o que foram os jornais de outrora?


Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.