Espantoso um país que derruba dois ministros da saúde em plena pandemia de Covid-19.
Teich caiu hoje. E me deu um trabalhão para interpretar.
Caiu porque tem alguma resistência a quebrar o isolamento social, sem que estejam dadas as condições para isso.
Caiu porque acha que a cloroquina pode ser usada em pacientes graves mas não é aconselhada para os que têm sintomas leves.
A cloroquina provoca efeitos colaterais, mostram os estudos.
Dois estudos americanos e um inglês divulgados na semana passada vão mais longe: consideram que é ineficaz no tratamento da Covid-19.
Não sou médico. Não entro no Fla-Flu da cloroquina. O máximo que posso recomendar é uma aspirina quando alguém tem dor de cabeça.
No entanto, tenho lido sobre o coronavírus. Os danos que ele provoca são sistêmicos. De um modo geral é preciso dar antibióticos, remédios contra trombose, enfim todo um arsenal.
Há um pastor, aliás amigo de Bolsonaro, que esta vendendo um feijão mágico contra o coronavírus. O feijão dele naturalmente é ineficaz mas pelo menos não tem efeitos colaterais como a cloroquina.
O isolamento é outra divergência. Bolsonaro nega a importância do coronavírus. Quer voltar às atividades, como se nada tivesse acontecido. Ninguém aceita isso. Pelo menos nenhum médico sério.
O terceiro ponto de divergência: a coordenação com estados e municípios. A saúde no Brasil é tocada por três entes: governo federal, estadual e municipal.
Bolsonaro parece ignorar isso. Sem apoio dos governadores e prefeitos a coisa não anda.
Foi um dia muito cheio. Tive que falar desses temas e ainda participei de uma longa live comentando a fala de três mulheres importantes: a reitora da URFJ , a presidente da Fiocruz e secretária de planejamento de São Paulo. São elas Denise Carvalho, Nisia Trindade Lima e Patricia Ellen.
Bolsonaro diz que devemos enfrentar a pandemia como homens. Ainda bem que os alemães e neozelandeses não pensam assim: as mulheres lá é que resolvem as questões de estado, como uma competência que ele não pode nem suspeitar, dado ao seu nível mental.
Foi um dia muito cheio para comentar um vazio: estamos, nacionalmente, à deriva na luta contra o coronavírus e a crise cada vez mais se agrava, com recorde de mortos.
Foi um dia frio e chuvoso. O sol está mesmo em quarentena, tendendo para o lockout. Na madrugada de ontem vi um filme muito interessante: 1917. Vejo em duas noites : não consigo ficar acordado tanto tempo depois de um dia de trabalho. Mas é fascinante, o movimento de câmera me encantou. Até o figurino de guerra é inspirado.
Fonte: Blog do Gabeira
Teich caiu hoje. E me deu um trabalhão para interpretar.
Caiu porque tem alguma resistência a quebrar o isolamento social, sem que estejam dadas as condições para isso.
Caiu porque acha que a cloroquina pode ser usada em pacientes graves mas não é aconselhada para os que têm sintomas leves.
A cloroquina provoca efeitos colaterais, mostram os estudos.
Dois estudos americanos e um inglês divulgados na semana passada vão mais longe: consideram que é ineficaz no tratamento da Covid-19.
Não sou médico. Não entro no Fla-Flu da cloroquina. O máximo que posso recomendar é uma aspirina quando alguém tem dor de cabeça.
No entanto, tenho lido sobre o coronavírus. Os danos que ele provoca são sistêmicos. De um modo geral é preciso dar antibióticos, remédios contra trombose, enfim todo um arsenal.
Há um pastor, aliás amigo de Bolsonaro, que esta vendendo um feijão mágico contra o coronavírus. O feijão dele naturalmente é ineficaz mas pelo menos não tem efeitos colaterais como a cloroquina.
O isolamento é outra divergência. Bolsonaro nega a importância do coronavírus. Quer voltar às atividades, como se nada tivesse acontecido. Ninguém aceita isso. Pelo menos nenhum médico sério.
O terceiro ponto de divergência: a coordenação com estados e municípios. A saúde no Brasil é tocada por três entes: governo federal, estadual e municipal.
Bolsonaro parece ignorar isso. Sem apoio dos governadores e prefeitos a coisa não anda.
Foi um dia muito cheio. Tive que falar desses temas e ainda participei de uma longa live comentando a fala de três mulheres importantes: a reitora da URFJ , a presidente da Fiocruz e secretária de planejamento de São Paulo. São elas Denise Carvalho, Nisia Trindade Lima e Patricia Ellen.
Bolsonaro diz que devemos enfrentar a pandemia como homens. Ainda bem que os alemães e neozelandeses não pensam assim: as mulheres lá é que resolvem as questões de estado, como uma competência que ele não pode nem suspeitar, dado ao seu nível mental.
Foi um dia muito cheio para comentar um vazio: estamos, nacionalmente, à deriva na luta contra o coronavírus e a crise cada vez mais se agrava, com recorde de mortos.
Foi um dia frio e chuvoso. O sol está mesmo em quarentena, tendendo para o lockout. Na madrugada de ontem vi um filme muito interessante: 1917. Vejo em duas noites : não consigo ficar acordado tanto tempo depois de um dia de trabalho. Mas é fascinante, o movimento de câmera me encantou. Até o figurino de guerra é inspirado.
Fonte: Blog do Gabeira