25 de abril de 2024
Colunistas Yvonne Dimanche

Assunto chato


Amigos, estou pensando seriamente em procurar um médico neurologista. Além de esquecer algumas coisas, não estou entendendo outras. Vejamos:
1) Um canalha qualquer bolsonarista faz uma canalhice. Não importam os vários motivos que levam uma pessoa a fazer isso, mas a culpa é do fato de ter votado no Bolsonaro, pessoa que não goza do meu apreço, como se os esquerdistas fossem santos.
2) O mesmo vale para o “vice-versa ao contrário”.
3) Várias pessoas estão comparando o incêndio na Austrália com o ocorrido na Amazônia. Não há comparação, o do Brasil foi provocado por inescrupulosos, enquanto o daquele país é por causas naturais. Acrescentam ainda que o mundo e a mídia não estão “dando bola” para a Austrália. Como assim cara pálida? Ontem mesmo saiu matéria no Fantástico e todos os dias saem notícias no jornal O Globo.
4) Li que os “esquerdopatas” estão revoltados com a exigência de cantar hinos na escola. Devem ser idiotas essa meia dúzia que pensa isso. Os bolsonaristas alegam que quem acabou com isso foram os governos do PT. Eu cantava hino todos os dias, meus primos mais jovens, meus filhos e o Brasil inteiro nunca mais cantou antes mesmo do Lula tomar posse. Acrescento que não sou petista, mas sou justa e PRINCIPALMENTE imparcial.
Poderia comentar mais coisas, mas vou parar por aqui. Jurei que não iria dar mais opinião sobre nada, mas essa é a minha segunda recaída.
Eu não sei como aguento ler tantas coisas e ficar calada. Eu adoraria ler troca de ideias do tipo frescobol em que não há vontade de derrubar o outro como o pingue-pongue.
Não leio argumentos que acrescentam alguma coisa, é um justificando o seu erro, porque o outro errou também. Caramba! Eu já fui assim quando criança e jovem. Para alguma coisa valeu ter envelhecido. Bom, é isso.
Para terminar esse longo mimimi, peço a vocês o ESPECIALÍSSIMO obséquio de nada comentarem. As pessoas me respeitam, o problema é quando um quer retrucar o comentário do outro.
Beijos civilizados

O Boletim

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