25 de abril de 2024
Vera Vaia

Tairairaica!

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Foto: Arquivo Google

No princípio, acreditava-se que Donald Trump seria só um Tiririca na disputa pela Presidência da República dos Estados Unidos. Que  entrou só de brincadeira, para ver o que acontecia.
O problema é que a coisa foi tomando forma, e a brincadeira virou realidade. E a realidade agora parece uma brincadeira.
Tiririca também se elegeu, mas para Senador de um país jovem, em crescimento (teria crescido mais se o PT não tivesse cortado as pernas que o estavam levando  adiante), ao contrário de Trump que se elegeu nada mais, nada menos, presidente da maior Economia do mundo e que, agora, detém em suas mãos os poderes de Grayskull (Greiscow) para fazer o que bem entender com o seu país e com o resto do mundo.
Com medo de votarem na Hillary, candidata de esquerda, e elegerem um Stalin, os americanos votaram no Trump, candidato de direita, e elegeram um Hittler!
O primeiro sintoma disso foi a comemoração dessa vitória, pelo partido neonazista “Amanhecer Dourado”, da Grécia. Em matéria publicada pelo Estadão do dia 09/11/2016, o partido declara que o resultado da eleição é uma vitória a favor das nações “etnicamente limpas”.
Por todo esse tempo de campanha, deu pra saber qual o rumo que ele pretende dar ao seu mandato. Vai se empenhar em limpar a raça!
Pouco ou nada falou sobre o futuro do país em relação a projetos e planos de governo. Aproveitou seu tempo de palanque para deixar bem claro que não gosta de negros, de muçulmanos, de latinos, enfim, de ninguém que não seja branquinho como ele, digo, laranjinha como ele.
Em fevereiro desse ano, até o Papa se espantou com suas declarações sobre o muro que pretende construir na fronteira com o México. Ele disse: “uma pessoa que pensa apenas em construir muros, onde quer que seja, e não construir pontes, não é um Cristão”.
Perdonami, Francesco, mas o buraco é muito mais embaixo. Uma pessoa que quer erguer um muro para separar povos, pode muito bem apertar um botão para destruir povos.
Da cabeça do Trump e de bunda de bebê, podemos esperar qualquer coisa, a qualquer momento.
E da cabeça de eleitor, também! (Verdade que as opções eram fraquinhas).
A Hillary nunca primou pela simpatia e nem mesmo pela transparência, mas pelo menos, tinha Barack in her back. Ele depositou sua assinatura na candidatura dela e isso seria um aval de que ela não ia meter os pés pelas mãos. Mas os americanos não deram muita bola pra isso.
Parece mesmo que a maioria concorda que o mundo precisa  de uma “limpeza geral”, e no pior sentido. Não querem acabar com a corrupção, com a criminalidade, com a falta de caráter de alguns políticos, mas sim  acabar com a miscigenação racial. (Oi?Estamos andando pra trás? Já não ouvimos isso antes?)
Donald Trump além de misógino, xenófobo, homofóbico, racista, parece não se importar muito em deflagrar uma guerra: “se as pessoas que foram mortas em Paris tivessem armas, teriam tido alguma chance de se defenderem. Não é curioso que a tragédia que ocorreu em Paris tenha acontecido num dos países com um dos controles de armas mais rígidos do mundo?”
E ele tem as armas e o botãozinho do BUM está agora sob seu controle.
Eu ficaria com medo, mas o povo foi e votou nele assim mesmo e o aclamou Presidente. Dá pra entender?
Talvez a explicação venha do eleitorado da Flórida. Lá eles votavam na mesma cédula, para presidente e pela legalização da maconha.
Devem ter confundido as drogas!

Vera Vaia

Mãe de filha única, de quatro gatos e avó de uma lindeza. Professora de formação e jornalista de coração. Casada com jornalista, trabalhou em vários jornais de Jundiaí, cidade onde mora.

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Mãe de filha única, de quatro gatos e avó de uma lindeza. Professora de formação e jornalista de coração. Casada com jornalista, trabalhou em vários jornais de Jundiaí, cidade onde mora.

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