11 de setembro de 2025
Cinema

O Domo de Vidro / Glaskupan

De: Camilla Läckberg, criadora, produtora executiva, Suécia, 2025

3.0 out of 5.0 stars3.0

(Disponível na Netflix em 8/2025.)

Sequestrada e mantida em cativeiro por vários meses, quando era uma criança de 10 anos, Lejla Ness, a protagonista da série sueca O Domo de Vidro, estudou muito e se tornou uma respeitada criminologista, especialista no estudo do comportamento de sequestradores como o que a havia vitimado.

Radicada nos Estados Unidos, volta para a pequenina cidade do interior da Suécia em que havia crescido para os funerais de sua mãe de criação. No dia em que iniciaria a viagen de volta para a Califórnia, Lejla vai visitar Louise, uma de suas maiores amigas da juventude – e a encontra morta na banheira, numa cena que indica suicídio; Alicia, a filhinha dela, de uns 10 anos de idade, está desaparecida – talvez sequestrada, exatamente como Lejla havia sido.

Esta é a fantástica, fascinante, apaixonante base da trama da série, lançada pela Netflix em abril de 2025, com 6 episódios de cerca de 45 minutos cada. Por trás da morte de Louise e do desaparecimento da garotinha Alicia, e da investigação que trará de volta para Leijla o imenso trauma de seu próprio cativeiro, há toda uma conjuntura envolvendo aquele eterno embate entre crescimento econômico e meio ambiente, e mais os crimes de racismo e xenofobia.

Esse pano de fundo social é representado por uma mina em expansão junto da cidade, que tem como diretor o marido de Louise, Said – um homem de origem árabe. Parte da comunidade reage de maneira extremamente agressiva contra a mina – e contra Said. – “Ele tem que voltar para o país de Maomé”, diz, lá pelas tantas, um baderneiro idiota, brutal, que tem todo o jeito, todas as características de um extremista de direita.

Uma trama rica, muitíssimo bem urdida – que dá origem a uma série extraordinariamente bem realizada, em que tudo funciona.

As interpretações todas são ótimas, impecáveis. Léonie Vincent, a atriz que faz essa Lejla – tão inteligente e competente quanto sofrida, amargurada, traumatizada – é um espanto. Tem talento saindo pelo ladrão, e é uma figura marcante – um rosto forte, bonito, mas de uma beleza estranha, nada convencional.

A garotinha que faz a Lejla criança presa em um domo de vidro, Seraphine Krystek, também é um achado.

Uma beleza de série.

Registro desde já que não gostei da forma com que a trama se encerra; me surpreendi com a revelação final. Claro: surpreender no final é o propósito de qualquer história policial, de mistério. Mas me surpreendi de uma forma nada positiva; me senti desconfortável diante do desfecho – e me passou pela cabeça aquela coisa que volta e meia sinto diante de séries desse tipo, de que foi um desperdício de tempo. Aquela sensação de que, diacho, eu poderia perfeitamente estar vendo filme e/ou série sobre seres humanos, gente como a gente, e não sobre sequestradores, assassinos, ladrões, bandidos.

Mas isso aí, essa coisa de eu não ter gostado da revelação final, de ter me sentido desconfortável – tudo é absolutamente pessoal e intransferível, coisa minha, problema meu. Não da série, de forma alguma. A série é, repito, insisto, maravilhosamente bem escrita, bem realizada, bem interpretada, bem dirigida.

Uma abertura brilhante, maravilhosa

Posso ter problemas pessoais com o final de O Domo de Vidro – mas, diacho, o começo da série é uma absoluta maravilha. Um brilho, uma pérola.

Gosto demais das aberturas das narrativas, sejam de contos, romances, filmes ou séries. A abertura – a forma com que os autores apresentam a base do que virá a seguir, a forma com que eles laceiam o leitor/espectador, chamam e prendem sua atenção. Isso que em jornalismo é chamado de lead, o nome dado no Reino Unido e nos EUA para o primeiro parágrafo da reportagem, artigo, editorial. Lead, o que vai na frente, o que começa, o que dá a saída, e também o que chefia. O que – diacho, lá vem o anglicismo – lidera.

Os realizadores de O Domo de Vidro conseguem a proeza de, em cinco minutos, apresentar toda a base da história a ser contada durante os cerca de 270 minutos, 4 horas e meia, que virão a seguir.

A primeira tomada é um close-up de uma garotinha de cabelos longos e negros, caminhando numa rua à noite, capote com capuz – uma noite fria. Entra num mercadinho de bairro, e o funcionário a saúda com um “Ei, Lejla! Cigarros para sua mãe? Você foi à escola?”

– “Não. Ao clube”, responde a garotinha. “Mamãe está trabalhando.”

Quando ela colocando o capuz na cabeça para sair, o comerciante diz para ela dar um abraço na mãe.

Uma garotinha conhecida ali no seu bairro.

Ela entra no hall do prédio, chama o elevador, caminha ao longo do corredor de seu andar. Quando enfia a chave, percebe que a porta já estava destrancada. Entra em casa dizendo – “Olá?” Chama pela mãe – com toda certeza ela havia chegado e se esquecido de trancar a porta. Vai tirando o casaco.

Vemos uma luva preta tampando a boca de Lejla para que ela não grite.

Corta. Fade out, tela toda preta durante milésimos de segundos. Fade in, um tom vermelho cobre toda a tela. Extra big close-up da mão de uma criança – Lejla, é claro –, em seguida extra big close-up do olho direito dela. Vemos Lejla deitada, olhando para sua imagem refletida em um vidro – tudo aparece sob o tom de vermelho vivo.

Lejla está despertando dentro de um domo de vidro – um grande aquário, como será dito muito, muito mais adiante.

Leija diz “Olá!” – e vai tocando no vidro que a cerca, que a prende, tentando entender o que está acontecendo.

Leija bate com as mãozinhas no vidro grosso: – “Me deixa sair!”

Corta, vemos o título da série – Glaskupan – em maiúsculas, no meio da tela, sobre a imagem da impressão de uma mão deixada no vidro.

A maravilha que é a montagem cinematográfica: uma tomada da jovem Lejla com a mãozinha encostada no vidro do domo-prisão. Corte rápido, e vemos a mão de uma mulher aí de uns 30 anos encostando no vidro de uma janela. Corta, e vemos a mulher de pé, olhando para fora do prédio em que está, enquanto uma voz diz, em inglês: – “Senhoras e senhores, eu tenho o prazer de apresentar nossa nova palestrante residente, a srta. Lejla Ness.”

Tomada do professor que está dizendo isso para uma turma de alunos em uma daquelas belas salas de aula de universidade americana com piso em aclive, como um teatro. Projetado na tela atrás do professor está o tema da palestra a ser apresentada: “Revelando a Psicologia da Criminalidade: Explorando os Motivos, Padrões e Caminhos”.

O professor prossegue: – “A srta. Ness está pesquisando a mente de sequestradores predadores de crianças e os fatores psicológicos que atraem esses indivíduos. A srta. Ness traz uma perspectiva única, já que ela mesma foi sequestrada quando criança. Por favor, vamos receber Lejla Ness.”

Os estudantes aplaudem muito, com entusiasmo. Lejla agradece. Na tela colocada junto à parede atrás dela, são projetados retratos de uma dezena de homens – predadores, sequestradores. – “Sequestradores de crianças não nasceram monstros”, ela começa. – “Essas pessoas enfrentaram traumas emocionais complexos. Uma coisa todos eles têm em comum: uma visão muito doentia do poder e do controle.”

Corta, e, em uma área ampla do prédio daquela faculdade, evidentemente após a palestra, Lejla está atendendo ao telefone. “Ann-Marie morreu ontem”, diz a voz masculina do outro lado da linha. E daí a pouco: – “Você pode vir pra casa? Por favor?”

Lejla diz: – “Claro. Claro. Vou comprar a passagem já.”

Neste exato momento, estamos com 4 minutos e meio de ação.

A garota Lejla tinha conseguido fugir do cativeiro

Em 4 minutos e meio, os realizadores da série apresentam, de maneira brilhante, toda a base da trama. Obviamente, muitas informações sobre aqueles fatos básicos mostrados de cara serão entregues ao espectador aos poucos, ao longo dos episódios.

Os locais, por exemplo. Os “onde”. Só bem mais adiante ficaremos sabendo que Lejla vivia – quando foi avisada pelo pai de que a mãe havia morrido – na Califórnia, em San Diego, especificamente. (Eu cheguei a imaginar que fosse na Inglaterra, em Londres.)

A cidade do pai e da mãe, para onde ela viaja depois de atravessar aquele país continental e mais o Oceano Atlântico, fica longe de Estocolmo; ela chega à cidade depois de dirigir por algumas horas um carro alugado. É uma cidadezinha pequena, bem pequena, chamada Granås.

(Depois de ver a série, eu pretendia, é claro, perguntar ao Tio Google onde fica Granås, mas não foi necessário: a sinopse da série na Wikipedia em inglês já diz logo que “The series takes place in a tiny fictional community in Sweden called Granås”. Granås é fictícia, assim como grana para a imensa maioria dos bípedes desplumados que andam sobre a casca do planeta. Vixe… Peço perdão pela tergiversação e pela brincadeira besta…)

Granås, onde Lejla viveu na juventude, antes de emigrar para os Estados Unidos, é uma pequenina cidade – mas o lugar que aparece bem no inicinho, onde a garotinha Lejla vivia, é uma cidade grande.

Pois é. As informações sobre isso vão aparecendo pouco a pouco, ao longo dos episódios da série. Juntando uma informação daqui, outra dali, outra de acolá, o espectador vai entendendo o seguinte:

A garotinha Lejla morava com a mãe em um bairro de Estocolmo. Foi sequestrada dentro de seu próprio apartamento – e levada pelo sequestrador, ou sequestradores, para aquele domo de vidro. Depois de alguns longos, imensos, intermináveis meses, ela conseguiu fugir. Foi encontrada por Walter Ness (o papel de Johan Hedenberg, na foto abaixo), que era o chefe do destacamento policial da cidade de Granås.

Durante aqueles meses em que a garota esteve desaparecida, sua mãe havia sido várias vezes procurada pela imprensa, e pedira, angustiadissimamente, que as autoridades localizassem a criança. Por fim, desesperada, havia se matado.

O chefe de polícia Walter Ness e sua mulher Ann-Marie haviam decidido, então, adotar a criança órfã, perdida na vida. E o próprio Walter tinha sido o chefe das investigações para encontrar o local do cativeiro e o sequestrador.

As investigações revelaram que Lejla não havia sido a única criança a ser mantida em cativeiro por aquele sequestrador. Pelo menos três outras garotas da região – todas com cerca de 10 anos de idade, todas com cabelos pretos longos, como ela – haviam desaparecido e provavelmente, certamente, haviam ficado presas naquele domo de vidro: Lejla havia visto desenhos feitos por diferentes crianças.

Por mais cuidadosa que tivesse sido a investigação, o criminoso não foi encontrado – nem o local do cativeiro.

Lejla nunca havia sido muito próxima de sua mãe adotiva – mas tinha grande apego pelo pai. Não tinha tido convivência com uma figura paterna – o espectador pode inferir que ela foi uma filha de mãe solteira.

Quando Lejla chega de volta a Granås para os funerais de Ann-Marie, Walter, o pai adotivo, já estava aposentado. Havia sido substituído, na chefia da polícia da cidade, pelo seu irmão mais novo, Tomas (Johan Rheborg).

O que vai sendo passado para o espectador é que Walter havia sido um chefe de polícia muito competente, benquisto pela comunidade – e que o irmão mais novo, Tomas, ao contrário, não é lá muito dedicado, sério, empenhado. Sequer muito inteligente. (Na foto abaixo,

A amiga morta, a filha dela desaparecida – Lejla fica na cidade

Nos dias em que passa em Granås, Lejla, naturalmente, reencontra diversas, diversas pessoas que não via fazia muitos anos, desde que se radicara nos Estados Unidos. Além da grande amiga Louise (Gina-Lee Fahlén Ronander), ela vê, por exemplo, um antigo namorado, ou no mínimo pretendente, Adde (Freddy Åsblom), que havia se casado com Aino (Emma Broomé), que trabalhava na delegacia de polícia, como secretária e recepcionista. Revê outro colega de escola, Jim (Victor Ståhl Segerhagen), o tal extremista arruaceiro que dizia que Said (Farzad Farzaneh) – o diretor da mina e marido da sua amiga Louise – deveria voltar para o país de Maomé. E ainda Kristina (Cecilia Nilsson), amiga de Ann-Marie e Walter Ness, mãe de Louise, e agora prefeita da cidade.

Todos esses personagens serão importantes na trama.

E aí acontece: após a difícil despedida do pai de criação, que, claro, gostaria que ela ficasse por ali, Lejla passa pela casa da amiga Louise antes de pegar a estrada rumo a Estocolmo.

Ninguém atende à campainha. A porta está aberta, e então ela entra. Vai percorrendo a casa, chamando por Louise. Depara-se com a amiga na banheira, a água até o topo absolutamente vermelha de sangue, uma lâmina no chão, sinais evidentes de cortes grandes nos pulsos.

E Alicia (Minoo Andacheh), a filhinha de Louise e Said, não está em casa, não está nas redondezas, não está em lugar algum.

Alicia tem 10 anos e cabelos pretos e longos. Exatamente como Lejla quando foi sequestrada e mantida em cativeiro dentro de um domo de vidro.

Começa uma grande busca na cidade e em toda a região em torno de Granås; voluntários de várias cidades próximas chegam para ajudar nas buscas.

A investigação fica a cargo de Tomas Ness, o irmão menos esperto de Walter.

É absolutamente natural que Lejla, criminologista especializada no comportamento de sequestradores de crianças, queira ajudar na busca pelo predador. Assim como o pai.

Um vazamento de material contaminado

Os fatos que relatei até aqui acontecem no primeiro dos seis episódios da série. Uma ou outra informação que apresentei sobre o passado de Lejla só serão apresentados nos demais episódios, mas eles não chegam, de forma alguma. a ser spoilers.

Como não chegam a ser spoilers dois fatos importantes que cito agora:

* haverá um vazamento de material contaminado da mina para o sistema de água da cidade; os habitantes serão advertidos de que devem, durante algum tempo, evitar contato com a água das torneiras de suas casas – e usar apenas a água que será servida por caminhões-tanque. Isso, naturalmente, vai acirrar imensamente a animosidade de parte da população para com a mina, seu diretor, Said, e Kristina, a prefeita que apóia o empreendimento que dá emprego a muita gente da cidade.

* uma outra garotinha de uns 10 anos de idade e cabelos pretos e longos vai desaparecer também.

A criadora da série é um tremendo sucesso – A Rainha do Crime

Camilla Läckberg. Essa trama fantástica, fascinante, envolvente, é uma criação de Camilla Läckberg, uma escritora nascida em 1974 (apenas um ano antes da minha filha!), na pequenina cidade litorânea de Fjällbacka, tão pequena, ou até menor, do que essa Granås que ela inventou para a série O Domo de Vidro. Interessante, porque é em Fjällbacka mesmo – cidade de menos de 900 habitantes – que se passa a ação de uma coleção de romances de Camilla Läckberg com o casal Erica Falck, uma escritora, e Patrick Hedström, um detetive. A coleção de livros com o casal Erica e Patrick começou em 2003, com Isprinsessan, A Princesa de Vidro, e em 2022 foi lançado o décimo-primeiro deles!

Seus livros já foram publicados em mais de 60 países e venderam mais de 29 milhões de cópias, segundo a Wikipedia – isso, até agosto de 2025. A revista Paris Match a chamou de A Rainha do Crime.

Diversos dos seus romances policiais já foram publicados no Brasil, inclusive o primeiro, A Princesa do Gelo, pela Planeta. Entre outros, saíram aqui A Gaiola de Ouro, Gritos do Passado, Asas de Prata. A Princesa do Gelo foi adaptado para um filme feito para a TV em 2007 – e diversos outros livros também viraram filmes. Pelo que indica o IMDb, eles não chegaram a ser lançados no Brasil.

Os créditos de O Domo de Vidro dão Camilla Läckberg como a criadora da série e roteirista, além de um dos produtores executivos. Também assinam como roteiristas Amanda Högberg (dois episódios) e Axel Stjärne (um episódio). Henrik Björn dirigiu três episódios, Lisa Farzaneh dirigiu os outros três.

Para saber alguma coisa sobre essa impressionante atriz Léonie Vincent, fiz algo inédito: procurei por ela na Wikipedia em sueco, e pedi ao Google para traduzir o texto da língua de Ingmar Bergman, Victor Sjöström, Bo Widerberg, Lasse Hallström. O texto é bem curto:

“Léonie Vincent, nascida em Estocolmo, em 1994, estudou, entre outras coisas, na Academia de Teatro de Luleå, onde cursou o programa de atuação para teatro, cinema, TV e rádio. Além de participar de diversas produções teatrais, participou da terceira temporada de Bäckström. Também atuou em Trolösa, onde interpretou Fanny. Em Glaskupan, interpretou Lejla, um dos papéis principais da série.”

Verbetizinho de skit, esse aí. (Skit, como diversas palavras em sueco, têm alguma semelhança com sua versão em inglês. Oh, shit!) Curto demais, pouco informativo. E, diacho, em Glaskupan ela não faz um dos principais papéis – ela faz o papel principal, o da protagonista, skit!

A página da moça no IMDb mostra que Léonie Vincent tem uma filmografia curtíssima – apenas sete títulos. Os dois primeiros são séries de TV, em que ela fez papéis mínimos, e com um nome diferente; depois vem um curta, e em seguida há três séries de TV – a última delas esta O Domo de Vidro. Sei não, sei não – mas, em princípio, dá para imaginar que a partir daqui a carreira da atriz possa deslanchar bonito.

A ficção policial nórdica é especialmente violenta, brutal

Em meados de agosto de 2025, apenas quatro meses após seu lançamento mundial pela Netflix, O Domo de Vidro estava com nota 6,7 em 10, média da avaliação de 9,3 mil leitores do IMDb.

No site agregador de opiniões Rotten Tomatoes, a série estava com 88% de aprovação entre os críticos e 59% de aprovação entre os leitores. Interessantíssimo: os doutos críticos gostaram mais da série do que nós, os simples seres humanos que gostam de ver filmes e/ou séries!

Fantastisk!

Um registro: em 29 de maio de 2025, um mês e meio depois, portanto, do lançamento deste O Domo de Vidro, a mesma Netflix pôs no ar a série escocesa Dept. Q. – em que uma mulher é sequestrada e mantida em cativeiro dentro de um troço parecido com um submarino, onde é permanentemente observada pelos seus sequestradores.

Qualquer semelhança… será mera coincidência?

Creio que sim.

A série escocesa é uma adaptação do primeiro de dez romances policiais do escritor dinamarquês Jussi Adler-Olsen, lançado em 2007.

Dinamarca, Suécia, Noruega – e mais a Islândia, que também pode ser chamada de escandinava.

Mary tem uma teoria sobre a Escandinávia, os países mais desenvolvidos, mais civilizados do planeta, mais ricos, com riqueza mais bem distribuída. Como lá a vida é tranquila demais, resolvida demais, como os índices de criminalidade são baixos… a ficção se vinga sendo absolutamente cruel, sanguinolenta, bárbara, abusada, exagerada.

É um corolário daquela velha história de que “se não tem pobrema, nóis inventa”. Se não tem muito crime, eles inventam crimes absolutamente bárbaros.

E então dá-lhe Jo Nesbø, Stieg Larsson, Baltasar Kormákur, Thordur Palsson, Arnaldur Indriðason… e Camilla Läckberg.

Anotação em agosto de 2025

O Domo de Vidro/Glaskupan

De Camilla Läckberg, criadora, produtora executiva, Suécia, 2025

Direção Henrik Björn, Lisa Farzaneh (3 episódios cada),

Com Léonie Vincent (Lejla Ness),

Johan Hedenberg (Valter Ness, o pai de criação de Lejla e ex-chefe de polícia de Granås), Johan Rheborg (Tomas Ness, irmão de Valter, chefe de polícia de Granås), Seraphine Krystek (Lejla aos 10 anos de idade), Farzad Farzaneh (Said, o diretor da mineradora, marido de Louise, pai de Alicia), Ia Langhammer (Jorun, a segunda da polícia de Granås), Cecilia Nilsson (Kristina, a prefeita de Granås e mãe de Louise), Emil Almén (Björn, policial), Emma Broomé (Aino, secretária recepcionista da delegacia, mulher de Adde), Freddy Åsblom (Adde, o marido de Aino), Oscar Töringe (Martin, na verdade Daniel Flirck), Victor Ståhl Segerhagen (Jim, o extremista arruaceiro), Ville Virtanen (Tage, o pai de Jim), Gina-Lee Fahlén Ronander (Louise, a amiga de Lejla, mulher de Said e mãe de Alicia), Minoo Andacheh (Alicia, a filha de Said e Louise)

Roteiro Camilla Läckberg (criadora), Amanda Högberg (2 episódios), Axel Stjärne (1 episódio)

Fotografia Gustav Danielsson, Ragna Jorming

Música Joel Danell, Edvin Nahlin

Montagem Tomas Beije, Björn Kessler, Britta Norell

Desenho de produção Linnéa Pettersson

Direção de arte Adam Rönnbäck, Gavin Zanotti

Casting Lovisa Bergenstråhle

Figurinos Cilla Rörby

Produção Agnes Blåsjö, Creative Society Production.

Cor, cerca de 270 min (4h30)

Fonte: 50 anos de filmes https://50anosdefilmes.com.br/2025/o-domo-de-vidro-glaskupan/

Sergio Vaz

Jornalista, ex-editor-executivo do Jornal O Estado de S. Paulo e apreciador de filmes e editor do site 50 anos de filmes.

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Jornalista, ex-editor-executivo do Jornal O Estado de S. Paulo e apreciador de filmes e editor do site 50 anos de filmes.

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