Doravante, embora a critério do ministro Alexandre de Moraes possa valer para trás, ai daquele que distribuir notícias falsas contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ai de quem se valer delas para caluniar, difamar ou injuriar qualquer um dos ministros ou seus familiares. Simplesmente será processado.
O ministro Dias Toffoli, presidente do tribunal, abriu um inquérito para apurar notícias falsas (fake news) que tenham a Corte como alvo. E designou o colega Alexandre de Moraes como relator da investigação, sem dar detalhes sobre o alvo específico do inquérito, se é que tem um. Tudo se passará em sigilo.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apressou-se em divulgar nota de apoio à decisão de Toffoli. E para tirar uma casquinha dela, anunciou que acionará a Polícia Federal para que investigue os autores de ataques contra advogados nas redes sociais. Por ora não foi esclarecido o que distinguirá ataques de meras críticas.
Em dezembro último, em vídeo gravado por ele mesmo, o advogado Cristiano Caiado Acioli disse ao ministro Ricardo Lewandowski, seu companheiro de voo entre São Paulo e Brasília, que o Supremo era “uma vergonha”. Lewandowski ameaçou prendê-lo. Ao desembarcar em Brasília, Acioli foi detido e logo solto.
A Polícia Federal acaba de concluir que Acioli quis “humilhar, menosprezar, desrespeitar e menoscabar” a função de Lewandowski. E ao fazê-lo, poderia ainda ter causado “risco aos demais passageiros, ante um eventual acirramento de ânimos”. O resultado do inquérito foi encaminhado à justiça.
Falta Toffoli deixar claro se ministro do Supremo, nas redes sociais ou fora delas, que calunie, difame ou injurie algum colega ou terceiros, ficará também sujeito a ser investigado por Alexandre de Moraes e – quem sabe ao cabo? – até mesmo processado. A dúvida tem cabimento, sim.
Por exemplo, ontem, referindo-se aos procuradores da República ligados à Lava Jato, o ministro Gilmar Mendes chutou o balde: “Gentalha, são uns cretinos, não sabem o que é processo civilizatório. É preciso combater a corrupção dentro do Estado de Direito, e não cometendo crime, ameaçando”.
Se algum procurador tivesse dito sobre o Supremo o que Gilmar disse sobre eles, togas inflamadas pediriam sua cabeça. Mas sobre Gilmar, o ministro Luís Roberto Barroso já disse: “O senhor é a mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia”. Ou: “Vossa Excelência é uma vergonha, é uma desonra para o tribunal”.
Barroso foi mais longe: acusou Gilmar de ter “parceria com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco”, de frequentar palácios e de trocar mensagens amistosas com réus. Ao que Gilmar respondeu: “Não sou advogado de bandidos internacionais”. Barroso foi do italiano Cesare Battisti.
Nos anais do Supremo estão registradas grossas vilanias trocadas por alguns dos seus ministros. Em 2009, como presidente do tribunal, Joaquim Barbosa acusou Gilmar de manter “capangas” no Mato Grosso. Três anos depois, Barbosa chamou seu ex-colega Cezar Peluso de “brega”, “caipira”, “corporativista” e “tirano”.
O Supremo merece ser respeitado, isso não se discute. Mas em contrapartida precisa dar-se ao respeito.
Fonte: Blog do Noblat – Veja Abril
Usamos cookies em nosso site para oferecer a você a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar tudo”, você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checkbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.