Olá caríssimos,
Quem assistiu ao discurso de despedida do então sisudo e “homem de gelo” Luís Roberto Barroso, nessa sexta-feira, deixando a presidência do STF, deve ter se perguntado: por que o choro agora? Logo ele, que sempre se vendeu como imbatível, duro e inabalável, resolveu deixar escapar lágrimas em rede nacional.
Não se enganem: não é sensibilidade, é desespero disfarçado de emoção. Esse choro teatral não comoveu nem um pouco. Ao contrário, soou como confissão pública de quem percebeu que o castelo de arrogância começa a desmoronar.
A consciência de Barroso, por mais blindada que estivesse, agora resolveu dar sinais de vida. E não poderia ser diferente: afinal, trata-se do mesmo ministro que, sem pudor algum, comemorou em alto e bom som a “vitória contra o bolsonarismo” e, com aquele ar de superioridade tão peculiar, desdenhou dos aliados de Bolsonaro com o famoso bordão proferido nas ruas de Nova Iorque: “perdeu, mané!”
Pois é… o tempo cobra. E cobra caro. O homem que se dizia de gelo começa a derreter — e não é de calor humano, mas do fogo dos próprios remorsos.
Mais irônico ainda é ver que Barroso se despede enfiado até o pescoço no corporativismo de uma Suprema Corte que, há tempos, parece mais partido político do que guardiã da Constituição. Sempre pronta a posar de heroína da “democracia brasileira” (essa palavra mágica que justifica todo e qualquer abuso), mas que não perde a chance de rasgar seda para Alexandre de Moraes e blindar a esquerda em cada sentença.
Mas nada como um dia atrás do outro. O tempo é cruel até com os mais duros. E a consciência, esse tribunal invisível, não conhece foro privilegiado. A máscara cai, o discurso perde força e o choro aparece. E, convenhamos, não há toga no mundo que esconda o barulho da consciência pesada.
No fim, o “homem de gelo” nos mostra a grande ironia: ele também sangra, também sofre, também teme. Porque lágrimas, meus caros, são o último recurso de quem não tem mais argumentos.
Que me perdoe o eminente ministro Barroso, vir agora falar em “pacificação” do país, quando o senhor junto com o trio da inquisição é quem alimentaram a discórdia adotando a politização do judiciário brasileiro me parece soar como hipocrisia.

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia (1987)-UNEB e graduação em bacharelado em administração de empresa – FACAPE pela FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DE PETROLINA (1985). Pós-Graduado em PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL. Licenciatura em Matemática pela UNIVASF – Universidade Federal do São Francisco . Atualmente é proprietário e redator – chefe do blog o ProfessorTM