29 de março de 2024
Yvonne Dimanche

Nem oito e nem oitenta. Meio barro, meio tijolo. Não ata e nem desata


Não faltam ditos populares, mas até agora não consigo me sentir feliz no Rio e a culpa não é da minha cidade natal.
Da mesma maneira, também não estava feliz em Guarapari. Eu acredito que o problema maior era a tranquilidade de morar em um bairro que não tinha ônibus, de frente para o mar.
Agora moro espremida entre prédios, sem o barulho das ondas, do canto do bem-te-vi macho gritando de amor pela sua fêmea e PRINCIPALMENTE das nuvens. Ai, as nuvens capixabas são divinas.
Saudade do meu apartamento cheio de enfeites que estão dentro de caixas, porque aqui o espaço é menor.
Enfim, não sei qual é o meu drama, pois moro exatamente em frente do prédio onde vivi dos 16 aos 28 anos quando casei. Na mesma rua complicada de Botafogo, com um trânsito pavoroso, sem nenhum charme. Ainda assim, fui muito feliz.
Familiares e amigos me receberam de portas e corações abertos.
Ainda não coloquei a minha vida social totalmente em dia, porque a fase é a de resolver problemas, mas isso vai acabar.
Enfim, é apenas uma fase.

O Boletim

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