3 de outubro de 2024
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Segundo turno

Estou dominada – coração e mente – pelo segundo-turno. Sei que este assunto é um ninho de vespas. Já perdi bons, antigos e queridos amigos por não ser de esquerda, por não esconder que nunca, jamais, em tempo algum votaria no Haddad.

Sei que Bolsonaro, apesar de ser, não é o Messias. Cometerá erros e, pior, enfrentará um Estado que, além de aparelhado pelo PT, é, há séculos, estruturado em esquemas corruptos. Desmanchar isso – ou, ao menos, parte disso – não será pouca coisa. Mas o simples fato de, talvez, livrar-nos da mediocridade da ideologia esquerdista, que nos transformou em um país de segunda classe no cenário internacional, já o faz merecer o meu voto.
Na véspera do segundo-turno – espero que corra bem, sem fraudes ou violências -, tentarei ser o mais breve possível. Hoje, a minha crônica se dedica a lamentar publicamente os amigos que ficaram na estrada porque me dou o direito de pensar diferente deles. Um dia, alguém conseguirá me explicar por qual motivo, neste quadro de intolerância onde a regra é ou você está comigo ou você está morto, a fascista ser eu.
Um eleitor do Haddad escreveu que, mesmo perdendo a eleição, ficaria feliz por “estar no lado do bem”. Eu também estou no lado do bem. Salvo se formos psicopatas, o lado do bem é aquele onde colocamos as nossas verdades. Se, esquerda ou direita, sentimo-nos todos do lado do bem, que ótimo. Assim dá para acreditar que, enfim, o Brasil encontrará o rumo certo.
É o que, sinceramente, desejo.

O Boletim

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