Outro que vai rodar porque ainda está na toada anti-imperialista dos tempos do movimento estudantil e do PC-do B é Flávio Dino.
Continua no DCE gritando palavras de ordem e sonhando com a revolução socialista da classe trabalhadora, talvez por saudosismo. É difícil ter poder e não saber o que fazer com ele, mesmo sendo um juiz. Ele abandonou tudo isso pela toga, para ser mais um a aparelhar o STF.
Dino nunca foi um representante da classe trabalhadora e, mesmo sendo do estado mais pobre do país, nunca o foi. É oriundo de família rica e proeminente da política desde os tempos do Brasil Império.
Seu tetravô, Francisco Manuel Antônio Tapajós, dono de terras na província do Grão Pará (hoje Amazonas), foi um dos responsáveis por esmagar a rebelião de negros, índios e mestiços que ficou conhecida na história brasileira como “Cabanagem”.
Uma atuação nada honrosa, diga-se de passagem, para o tetraneto comunista que em seus discursos sempre clamou pelas minorias, mas nunca as representou.
Por essa participação, Francisco foi condecorado por D. Pedro II, nomeado “Herói do Tapajós”, e depois elegeu-se deputado. Além disso, outro descendente seu também foi deputado em 1874. Seu pai, foi vereador, deputado e prefeito e seu irmão é sub-procurador geral da República. Todos no circuito do poder.
Com esse DNA, o desafeto da família Sarney, que chegou mais longe entre todos de sua linhagem de políticos, será também o primeiro da família a receber sanção da Lei Magnitsky. O visto americano já perdeu.
Se ele não recuar de sua tentativa de forçar os bancos a desrespeitarem os tratados internacionais que regem o sistema monetário mundial, será banido como Moraes. As regras são claras.
A lealdade ao colega da Corte, reconhecido mundialmente como tirano e violador dos direitos humanos, pode lhe custar muito caro.
E não adianta convocar a tropa da favela carioca da Maré. Trump não está de brincadeira e, como se vê, é ele quem está dando as cartas no tabuleiro geopolítico mundial.
Medir forças com o atual homem mais poderoso do mundo é, mais que insensatez, desinteligência. Mas essa gente teima.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.