Numa semana o papa tem um visível ato racista, ao desprezar o cumprimento de um cardeal negro. Todo mundo viu seu gesto e feições de repulsa.
Agora vem a público um vídeo, do Dalai Lama, feito em fevereiro último, numa descompostura ética e moral, ao constranger um menino com a proposta de um beijo de língua, que o mundo assistiu com asco.
Um homem de 87 anos, que tem uma história de resistência no Tibet contra a ditadura chinesa, jogou sua biografia no lixo e ateou fogo. Vitória do governo de Xi Jinping. E, o pior de tudo, como um pedófilo. A pior mácula que um homem pode ter. Pediu desculpas e tal, mas não tem perdão.
E o menino? Como ele vai crescer com isso, depois de ter sido abraçado e molestado publicamente pela maior autoridade budista do mundo? É um peso que não se quer carregar. O nome do garoto, não perguntem. Melhor que fique anônimo.
Um dia ele vai entender que foi usado em sua pureza por um velhaco, travestido em santo, em quem ele acreditou.
A religião não tem nada a ver com isso, nem a fé das pessoas. A chaga está no espírito e as atitudes apenas denunciam a verdade que habita o ser. Ele sempre foi assim, ninguém viu ou não ousou contar.
Ambos falsos religiosos, decrépitos, nada virtuosos, que vivem da fama às custas do sagrado divino. Não há mentira que se sustente quando se trata de Deus. Melhor não brincar com ele.
Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.
