

Julho é a data para o início da cobrança do Pix para empresas. Nenhuma surpresa nesse anúncio. No final, quem vai desembolsar a tarifa é o povão que movimenta o giro nas gôndolas nos supermercados, nas lojas e padarias.
Alguém tinha dúvida de que isso aconteceria? A questão não era como, mas quando.
Os rumores iniciaram ainda na campanha pré-eleitoral e agora ganharam corpo nos corredores do governo. Qualquer um que entenda um pouco sobre a dinâmica do mercado sabe que as empresas repassam seus custos na composição de preços dos produtos. Não é preciso ter erudição em economia para concluir isso.
Tudo o que for comprado, a partir de julho, terá reajuste de preço. Na dúvida, anote os valores dos produtos hoje e os compare com os do próximo mês.
O que não surpreende é a vã tentativa desse governo amoroso e cheio de fru-fru de desmentir essa intenção. O carinho desmedido do presidente para com sua consorte em todas as viagens pelo mundo não é extensivo ao simples eleitor. A ambição do casal pela coisa pública envergonha.
Nessa toada, vizinhos afoitos para assaltar nossos cofres, observam e esperam o momento, pois sabem que nossas burras estarão bem mais gordinhas.
A alegria dos bancos também é inequívoca. Fecharam muitas agências nos últimos quatro anos. Sempre em conluio com a esquerda, esses financiadores ocultos de campanhas políticas petistas sabem que agora a cumbuca tem borda mais larga.
Até quando o brasileiro será crédulo e confiará nesse senhor apaixonado e chefe deste arremedo de governo? Dá para ver que se trata da mesma pessoa de sempre, só que mais perfumada. As vestes não fazem o homem. Mas todo octopus é um grande fingidor, questão de índole. Mimetiza enquanto caça ou se defenda.
Não existe generosidade no PT. Para o partido e seus assemelhados, a política não passa de um grande balcão de negócios. A mesma batida de sempre, na sopa de legendas. Basta ver o “compra-compra” que está novamente em curso e de forma mais aberta no congresso. Uma ciranda nojenta de desavergonhados. Só que a conta virá para todos.
Essa conversa mole de que essa taxação será só para pessoa jurídica é mais um treino para abocanhar um naco maior, sem nenhuma desfaçatez. Avançarão no nosso bolso como sempre. Quem fez ou não o “éle” está no mesmo balaio. Como eles mesmos dizem, o choro é livre e sempre será. Aumente o estoque de lenços porque vai precisar.


Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.