Tudo que se fizer para que esse nome seja lembrado e reverenciado pelos séculos dos séculos sempre será pouco.
Foto: Interim Archives/ Getty Images
Quando conheci sua história, não consegui sequer remotamente abarcar o amor que a movia. Sim, pois que só pode ser amor, de um amor fraterno dos quais a gente só ouve falar – e que muitas vezes permanece pairando intangível no plano das ideias.
Anna Coleman não. Ela vislumbrou esse amor etéreo planando, encantou-se com sua beleza poderosa e refulgente e o quis para si. Tomou-o. E criou talvez a mais bela obra de arte de todos os tempos, diante da qual Leonardos e Michelangelos serão sempre meros aprendizes.
Anna era escultora. Americana, mudou-se para a França em 1917, perto do final da Primeira Guerra Mundial. A quantidade de mutilados pela guerra era assombrosa.
Anna dedicou seu talento a conceber máscaras faciais para esses homens. Que, através de sua arte, conseguiram resgatar um pouco da sua dignidade e viver novamente em público.
Eu sou só uma formiguinha diante do universo de relevância do Anna Coleman Ladd ela fez.
Mas aqui, num ponto obscuro da América do Sul, eu a reverencio e saúdo seu nome e estendo a homenagem aos outros artistas, que, da mesma forma, salvaram vidas, como Francis Derwent.