Dedico esse texto, com carinho, a você, que está confortavelmente instalado na fronteira entre o que imagina ser o ruim e o pior.
Eu me dirijo a você, que está sinceramente indeciso. Os outros, os devotos fervorosos da seita do “Divino” Molusco, eu ignoro. Nada vai mudar sua fé. É você que me interessa. Só você.
Será que, agora, com o atentado contra o Tarcísio, nesta manhã, ficou claro o que estamos enfrentando? Será que você consegue perceber a tempestade que está se formando no horizonte?
Ou, para ser menos poético, as profundezas – com duplo sentido, por favor – do buraco que está sendo gostosamente escavado? Para enfiar o PAÍS dentro?
Percebeu que, na realidade, esse muro virtual no qual você está sentado, confuso sobre o que fazer, separa, na verdade, o bem do mal? Percebeu?
Ou você só vai acreditar quando o Impala 67 envenenado encostar, cantando pneus, e dele desembarcarem os irmãos Winchester?
Professor e historiador como profissão – mas um cara que escreve com (o) paixão.