16 de maio de 2024
Colunistas Joseph Agamol

Simply the Best. Simply Tina

Foto: Michael Putland)

Uma lenda é forjada, muitas vezes, não apenas pela sua área de atuação – mas também pelo que representa fora dela. Foi o caso de Anna Mae Bullock, conhecida no mundo inteiro simplesmente como Tina. Tina Turner. Tina tornou-se uma lenda não apenas – e já seria o bastante – por ser uma espetacular cantora de blues, soul e rock. Mas também, e talvez até principalmente, por sua vida.

Nasceu no Deep South americano, colheu algodão em fazendas, cantou em corais de igreja – a grande escola de cantores dos U.S.A. – , trabalhou como empregada doméstica, casou com um homem abusivo, que era também a outra metade de sua dupla musical. Em resumo: comeu o pão. O pão. Até que livrou-se de tudo que a tolhia e escravizava em seu passado, lançou-se em carreira solo, atuou no cinema, teve música em filme de James Bond, fez um show para 185.000 pessoas – 185 MIL – no Maracanã… tornou-se uma lenda, enfim. E é essa lenda, uma das últimas, que nos deixa.

Dizer que Tina deu a volta por cima é clichê. Ela deu a volta, sapateou como Fred Astaire, gingou como só ela sabia fazer ao cantar “Proud Mary”… Dizer que Tina mereceu o sucesso e cada lágrima de alegria que escorreu por sua face é pouco.

O sucesso é quem mereceu Tina Turner.

Proud Tina.

Simply the Best.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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