28 de abril de 2024
Colunistas Joseph Agamol

O Cristo que sorri

Terminei a primeira temporada de “The Chosen”. E a vontade foi assistir tudo de novo. E de novo, e outra vez. Eu gostaria de conseguir explicar o porquê de “The Chosen” ser tão, mas tão boa, mas… Vou tentar.

1 – A escolha do elenco. Esse foi um ponto particularmente feliz. A série está repleta da diversidade que tentam colocar até em séries medievais – mas que, em “The Chosen”, funciona. É algo orgânico, que se encaixa com perfeição, em nenhum momento produzindo o efeito de distanciamento visto em tantas outras séries. Há inclusive uma atriz brasileira, ótima como todo o cast, e quase desconhecida aqui.

2 – A trilha sonora. É resultado do feliz encontro entre a música ocidental e asiática, entre os instrumentos antigos e modernos, produzindo um resultado harmonioso e surpreendentemente belo, e que embala com perfeição as cenas.

3 – A QUÍMICA do elenco. Simplesmente funcionam, juntos. Parecem uma equipe de futebol em que todos jogam na mesma equipe há anos.

4 – A VERACIDADE transmitida. Esse é um ponto importante: quando você assiste “The Chosen”, você se surpreende com a sensação de que, sim, os eventos descritos nas Escrituras devem ter acontecido assim. As pessoas comem, bebem, se beijam, tomam vinho, se casam, festejam, choram… e Yeshua sorri.

5 – O CRISTO. Bem, esse é um capítulo à parte. O Yeshua interpretado por Jonathan Roumie não tem a aura grandiloquente e algo forçada de algumas versões anteriores. Ele vira os olhos, faz piada, dança, e transmite uma imensa VERDADE em cena. É grandioso nos momentos certos, sem fazer o menor esforço para isso, e profundamente humano sempre. E – de novo – ficamos com a impressão: “Puxa, DEVE TER SIDO ASSIM”… Ah! E ele SORRI.

6 – O último ponto. É algo difícil de explicar – eu disse que TENTARIA, lembram? Sei lá. Só sei que assistir a “The Chosen” me deixou arrepiado em vários momentos. Assim, do nada, surpreendido pela beleza de uma cena, comovido com um detalhe de uma interpretação ou realmente emocionado ao ver na tela tanta BELEZA, tanto ensinamento, tantas passagens das Escrituras que, dessa forma, se tornaram tão reais.

“The Chosen” me deixou com a sensação que tive quando, menino ainda, entrei na igreja silenciosa, escura e tranquila, e tive a sensação de algo intrinsecamente BOM, FORTE e JUSTO. Jamais me esqueci.

Querem saber? Dei voltas e mais voltas aqui, alinhando argumentos perfeitamente racionais e lógicos para “The Chosen” ser tão magnífica, mas… tem algo mais, ali. Tem. Não é só o que descrevi, embora seja muito. Tem mais. Algo que esteve envolvido desde a ideia inicial plantada na cabeça do cara que criou a série e teve a ousadia de fazê-lo via financiamento coletivo, passou pela escolha dos atores e na recepção do público, que PRECISAVA de uma série assim, até o imenso sucesso que está fazendo.

Acho que esse algo tem nome – e só pode ser um:

A inspiração de D’us.

Pronto, falei.

Joseph Agamol

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

Professor e historiador como profissão - mas um cara que escreve com (o) paixão.

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